China lança plano para se transformar em “potência agrícola”

O governo chinês lançou essa semana um novo plano para promover a “revitalização rural, acelerar a turbina agrícola e transformar a China em uma potência agrícola”. Chamado de “Documento Central nº 1”, o projeto delineia novas tarefas que serão empregadas ainda este ano para priorizar a base da “agricultura, áreas rurais e agrícolas”.

 

Anualmente as autoridades centrais da China divulgam uma primeira declaração oficial, em um documento que é visto como um indicador de políticas prioritárias. O trabalho na agricultura e nas áreas rurais está no topo da agenda há 20 anos consecutivos desde 2004.

“O documento não apenas detalha as principais tarefas para promover de forma abrangente a revitalização rural, mas também apresenta arranjos específicos para acelerar a construção da força da China na agricultura. Uma das tarefas mais importantes é fortalecer a agricultura por meio da ciência e da tecnologia”, informa a CGTN (China Global Television Network).

 

Segundo a agência chinesa, o documento enfatiza a necessidade de promover avanços nas principais tecnologias agrícolas essenciais, estabelecer laboratórios agrícolas e centros de inovação, fortalecer a observação básica de longo prazo e experimentos na agricultura. Além disso, pretende acelerar a pesquisa e o desenvolvimento de máquinas e equipamentos agrícolas inteligentes em larga escala e revigorar a indústria de sementes, construindo um mecanismo de compartilhamento para identificação e avaliação de recursos genéticos.

O documento também apela para a “promoção do desenvolvimento verde da agricultura, estabelecendo um sistema de coleta, utilização e tratamento de resíduos agrícolas e um sistema de monitoramento para proteção do meio ambiente agroecológico, estabelecendo regulamentos sobre compensação para proteção ecológica, fazendo cumprir rigorosamente a moratória da pesca, e intensificar os esforços para proteger e restaurar pastagens”.

 

A China pretende ainda melhorar as infraestruturas agrícolas e aumentar a recuperação de terrenos agrícolas abandonados. A gigante quer asiática também avança em grandes projetos de conservação de água, acelera a construção da rede nacional de conservação e fortalece a capacidade do país de prevenir e mitigar desastres naturais para a agricultura por meio de observação meteorológica e monitoramento de doenças e pragas.

Por fim, para garantir uma produção estável e adequada de grãos e outros produtos agrícolas importantes, o documento destaca que a meta manter uma produção anual de 650 milhões de toneladas de grãos. Para isso está projetado, principalmente, expandir a área plantada de soja e oleaginosas.