Há fatores concorrendo tanto para a alta como para a baixa no atual momento do mercado de milho brasileiro, de acordo com a equipe de analista de mercado da Consultoria TF Agroeconômica. No entanto, dizem eles, o fato é que ainda há uma “grande disponibilidade não escoada de aproximadamente 5 milhões de toneladas que continua a pressionar os preços internos”.
“Então, nossa recomendação seria a de vender o mais rápido possível a sua disponibilidade e aplicar o dinheiro no banco ou no seu negócio (comprando insumos, por exemplo), porque o resultado será melhor do que deixar o milho no armazém para vender mais tarde”, explicam os especialistas.
O Brasil tinha uma grande expectativa de exportar até 10 milhões de toneladas de milho para a China nesta temporada e quase outro tanto para a Europa, lembram eles: “Mas a liberação do milho ucraniano e os problemas com as margens dos frigoríficos chineses atrapalharam os planos brasileiros. Com isto, apesar de a nossa exportação, em volume, ter sido muito maior do que a do ano passado (mas, não vale a comparação, porque no ano passado houve grande quebra de safra)”.
Por outro lado, ressaltam que a seca e a redução de safra gaúcha de milho estão assustando os compradores locais, que melhoraram os preços no Mato Grosso do Sul durante o mês de janeiro, garantindo os seus estoques, mas isto não foi suficiente para incrementar os preços médios no país, que recuaram 0,85% em 2023, segundo o Cepea. Entretanto, a safra 2022/23 no Brasil deverá ter um aumento de 10,5%, segundo a Conab, passando de 113,13 MT para 125,06 MT, segundo o mesmo órgão público, aumentando a oferta.
Por: Agrolink –Leonardo Gottems