Polícia faz reconstituição de morte de bebê assassinada pela mãe em Cassilândia
A Polícia Civil realizou a reconstituição da morte da bebê de dois meses, assassinada pela própria mãe em Cassilândia. A reconstituição aconteceu na terça-feira (10) e contou com a participação de testemunhas que estiveram no local e presenciaram o crime.
Segundo falou o delegado Rodrigo de Freitas responsável pelo caso a uma rádio local, a autora não participou a pedido do advogado, o que é direito dela.
Sem dar detalhes sobre o caso, o delegado informou que os fatos iniciaram dentro da residência com familiares e terminou do lado de fora, por isso para a reconstituição a rua em frente a residência foi fechada.
O trabalho contou com a presença de peritos e a polícia aguarda o laudo dessa reconstituição para concluir o inquérito. “Já está 90% concluído. Temos perícia de local de crime e da morte”, explicou.
Sobre a questão da autora ter cometido o crime durante surto, o delegado explicou que apenas perícia médica pode atestar e esta perícia é determinada pelo fórum. “Nós apenas fazemos a reconstituição para enriquecer o inquérito e instruir o promotor e o juiz a tomar a melhor decisão ao ter noção do que realmente aconteceu”, afirmou.
Pedido de liberdade
Na última semana, a defesa da jovem de 24 anos que matou a própria filha, uma bebê de 2 meses e 5 dias, entrou com pedido de liberdade provisória.
Conforme o pedido feito pelo advogado José Donizete Ferreira Freitas, o avô materno da criança relatou que a filha apresentava sintomas de desvios comportamentais e psicológicos. Assim, foi citada depressão pós-parto.
Ainda na peça, a defesa relata que a acusada saiu desesperada com a filha nos braços, não sabendo se jogou, deixou cair ou se caiu junto com a bebê no colo. No entanto, consta no pedido que a jovem foi encontrada desacordada na rua, junto com a filha.
Então, foi feito novo pedido de instauração de incidente de insanidade mental. Com isso, deve ser feita a perícia necessária, com avaliação psicológica da acusada.
Além disso, o advogado pediu suspensão do processo, até que o laudo pericial seja divulgado, bem como a liberdade provisória da suspeita. Atualmente ela está detida em uma delegacia e será transferida ao presídio de Três Lagoas.
O pedido foi feito no dia 6 e inserido nos autos nesta terça-feira (10).
Caso
A mulher de 24 anos que matou a própria filha, de apenas 2 meses, após arremessar a criança contra o asfalto em uma cidade de Mato Grosso do Sul.
O crime aconteceu na tarde do primeiro dia do ano, a bebê chegou a ser socorrida por um tio até o hospital da cidade, mas não resistiu e faleceu depois de várias tentativas de reanimação.
Presa em flagrante, a mulher confessou o crime de maneira fria, de acordo com o delegado que atendeu a ocorrência. O pai da criança e outros familiares alegaram que a mulher estava em surto psicótico.
‘Amarra espiritual’
Em depoimento, ela relatou que estava com a filha no colo e o marido e o pai tentavam impedi-la de matar a bebê. A mulher ainda contou que sentiu necessidade de matar a filha ‘por impulso’ para libertar de amarras espirituais.
Ela ainda relatou que tem problemas psicológicos e espirituais. Mas afirmou que sempre amou a filha. A autora ainda relatou que não tinha entendido a conversa de seu marido e seu pai, momento em que correu para a rua arremessando a filha ao solo, batendo com a cabeça da bebê no chão.
Depoimento do pai do bebê
Ele contou em prantos que a esposa teria jogado a criança no chão a segurando pelas pernas. Ele demonstrou na delegacia como o fato ocorreu. O homem ainda relatou que a mulher tem surtos psicóticos e que ‘do nada’ ela surta.
Ainda segundo o marido, antes da morte da bebê, a mulher já teria deixado a criança cair no sofá, mas não teria acontecido nada com a bebê. Ele ainda teria insistido para que a esposa amamentasse a filha, mas ela negava e ficava falando coisas estranhas, segundo o marido.
Quando ele abriu o portão para o sogro entrar na casa, a mulher saiu correndo com a bebê e neste momento saíram correndo atrás dela, e ao alcançá-la, a mulher segurou a bebê pelas pernas a jogando no chão. A criança chegou a ser socorrida, mas acabou morrendo mesmo com as tentativas de reanimação.
Por: Midiamax, Mirian Machado