Soja na região de Chapadão do Sul passa por surto de lagartas

As lavouras de soja da região de Chapadão do Sul estão em fase reprodutiva, a maioria florescendo e com emissão de vagens, momento muito importante para se mantar a sanidade.

As mariposas não atacam as plantas de soja, mas são indicações de que chega em seguida grande quantidade de lagartas, essas sim, atacam as plantas. Foto: Norbertino Angeli

Durante a primeira semana deste mês de dezembro, os pesquisadores da Fundação Chapadão detectaram surto de lagartas que estão prejudicando até os materiais BT, (geneticamente modificadas) resistentes à maioria desses insetos.

Segundo a pesquisadora da Fundação Chapadão, Engenheira Agrônoma, Drª Tatiane Lobak, batidas de pano e armadilhas instaladas nos campos experimentais, em Chapadão do Sul capturam grande quantidade de lagartas e mariposas.

Aquelas em maior incidência são as lagartas do gênero Spodoptera; como Spodoptera frugiperda e Spodoptera cosmioides. Lagartas do gênero Helicoverpa, além da falsa-medideira (Chrysodeixis includens).

Nas armadilhas luminosas foram capturadas 95 mariposas do gênero Helicoverpa, 540 mariposas do gênero Spodoptera e 142 mariposas subfamília Plusiinae.

Lembra a pesquisadora Drª Tatiane que as mariposas não atacam as plantas de soja, mas são indicações de que chega em seguida grande quantidade de lagartas, essas sim, atacam as plantas, causando desfolha e consequentemente perda de produtividade.

Segundo a pesquisadora, o aparecimento do surto está relacionado com o clima. Ocorreu longo período sem chuvas no início do desenvolvimento das lavouras e quando elas chegaram houve o aceleramento, ou surgimento dos ciclos de lagartas, em função da grande quantidade de alimentos que elas encontram na região.

Para evitar prejuízos na cultura, a pesquisadora recomenda o monitoramento constante e a busca de orientação técnica para ações de controle das pragas nas lavouras de soja, principalmente neste momento importante da cultura.

Em muitos casos é recomendado o uso associado de inseticidas químicos com biológicos, para o tratamento de choque e residual.

Fonte: Assessoria de imprensa Fundação Chapadão – 67-3562-2032 – ou e-mail: contato@fundacaochapadao.com.br