Em denúncia, empresário relaciona vazamento de rejeitos com morte de peixes em MS

Empresário do setor de turismo de pesca, Reginaldo da Costa, de 30 anos, procurou o Ministério Público Estadual (MPE) para denunciar mortandade de peixes no Rio Paraguai, no Pantanal sul-mato-grossense. Na denúncia, o empresário relaciona vazamento de rejeitos de minério da empresa Vale com a morte dos animais.

Ao Portal Correio do Estado, o empresário, que mora em Porto Murtinho e milita em defesa aos animais pantaneiros, conta que há algumas semanas vários turistas que participavam de saídas turísticas para pesca começaram a questionar a morte dos peixes.

“Eles viam a água cheia de peixes mortos e nos questionavam, eu procurei o Ministério Público porque a justificativa da empresa não é certa”.

Segundo o empresário, a empresa Vale teria negado qualquer tipo de vazamento de rejeitos no Rio Paraguai. A justificativa para morte seria o período de dequada, quando a vegetação dos rios morre em ciclo natural de renovação e o oxigênio da água cai bastante, causando mortes de animais.

No entanto, para o empresário, dessa vez não se trata de fenômeno natural. “Na dequada a água fica preta, agora ela está vermelha e com vários peixes mortos. Se alguém não está preocupado com Corumbá, que se preocupe com o resto do Pantanal porque isso é um risco para todos”.

A reportagem tentou contato, por telefone, com a assessoria de imprensa da empresa Vale, mas até o fechamento desta matéria nenhuma ligação foi atendida.

BARRAGENS

No início da semana, a 2ª promotoria de Justiça de Corumbá abriu inquérito para apurar a situação das barragens localizadas no Morro do Urucum, operadas pela Vale.

A assessoria da promotora Ana Rachel Borges informou à reportagem que a investigação foi aberta depois da conclusão de relatório por parte de departamento nacional que vistoriou as barragens em novembro do ano passado, depois da tragédia de Mariana, interior de Minas Gerais.

“Foram encontradas duas irregularidades na vistoria e por isso abrimos a investigação. Não tem relação com nenhuma mortandade de peixes”, afirmou a assessoria da promotora.

 

 

Correio do Estado