Polícia encontrou R$ 100 mil em espécie e R$ 1 milhão em cheques em casa de vereador de Maracajú durante Operação Dark Money

Os policiais da Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado), que cumpriram a fase Mensalinho, da Operação Dark Money, descobriram vida de luxo por parte dos alvos da investigação, incluindo dinheiro em espécie e viagens a destinos caros.

Oito vereadores foram afastados nesta quarta-feira (7). Além disso, dois parlamentares foram presos em flagrante por posse irregular de arma de fogo – eles já foram liberados após pagamento de fiança.

Foram apreendidos quatro revólveres, duas pistolas e duas espingardas. Outras duas pessoas foram autuadas, também por porte de arma.

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Câmara Municipal de Maracaju
Operação Dark Money: viaturas estacionadas na frente da Câmara Municipal de Maracaju. (Foto: Divulgação Dracco).

‘Vida de luxo’

Segundo a Dracco, foram apreendidos 13 veículos, ‘além de elevada quantia de dinheiro em espécie, em moeda nacional e estrangeira’. Também foram encontrados cheque. Apenas com um dos vereadores, cujo nome não foi revelado, foi encontrado R$ 100 mil em dinheiro e R$ 1 milhão em cheques.

A vida luxuosa, que a investigação descobriu, inclui viagens, por parte de um dos parlamentares, para Ilhas Maldivas e Dubai. Pelas pesquisas dos policiais, o turismo para estes locais custa mais R$ 100 mil.

Os oito afastados já tomaram ciência da medida e, portanto, estão impedidos de assumir suas funções. Também houve sequestro e indisponibilidade dos bens dos investigados.

Foram cumpridos 22 mandados de busca e apreensão, que tiveram como alvo os vereadores investigados, nas cidades de Maracaju e Rio Brilhante. Também foram alvos da investigação pessoas interpostas, que foram utilizadas pelos parlamentares para o recebimento das vantagens indevidas.

Operação Dark Money

Na 3ª fase da investigação do Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado), foi identificado pagamento de propina a vereadores durante os meses de dezembro de 2019 e novembro de 2020. As propinas eram pagas por ordem do então prefeito Maurílio Azambuja (MDB) que, com o aval de outros servidores, tinha como objetivo afrouxar a fiscalização das contas da prefeitura pela Câmara, além de aprovar projetos e leis de seu interesse.

O pagamento de propina tinha como objetivo impedir o funcionamento adequado do Legislativo, já que é de responsabilidade deles a fiscalização. A 3ª fase foi nomeada como ‘Mensalinho’ em referência ao esquema do mensalão, que era operado em nível federal.

As investigações do Dracco apontaram que 11 dos 13 vereadores que integravam a Câmara no período teriam recebido pagamentos indevidos oriundos dos desvios feitos na Prefeitura.

 

Fonte: Midiamax, Mayara Bueno