O empresário sul-chapadense Paulo Cesar Schlatter Matsumoto (Grupo Matsumoto) participou do “Encontro Nacional Top Farmes” em Campinas (SP) que discutiu o “Desenvolvimento e Competências para o Campo” no Brasil do futuro. O tema é de alta relevância com projeção na Segurança Alimentar num planeta que atingiu a marca de 8 bilhões de habitantes e precisa de alimentos. Neste momento o mundo olha para o Brasil na questão ambiental e no potencial de produção agrícola, cuja área a ser explorada é a maior entre todos os continentes. Isso poderá resultar na captação de importantes recursos internacionais nestes dois setores, principalmente na utilização da gigantesca área degradada que pode ser revertida à agricultura brasileira (ver gráfico). O Top Farmes teve um público de cerca de 400 pessoas ligadas ao agronegócio representando o equivalente a 14 milhões de hectares.
Relatório produzido pelos Estados Unidos aponta o Brasil com o país de maior potencial de crescimento agrícola do mundo na atualidade. O “Encontro Nacional Top Farmes” destacou que a projeção até o ano de 2032 é o aumento de 1 milhão de hectares/ano ou o equivalente a 10 milhões de hectares até 2032. Esta é a principal pauta no planeta hoje, além das questões ambientais com o Brasil voltando a ter forte protagonismo no cenário mundial com o apoio da mídia internacional.
Segundo Paulo Cesar Schlatter Matsumoto o Brasil tem capacidade de crescimento tanto em área quanto produtividade com mais eficiência no uso da moderna tecnologia disponível. Para ele o agro precisa achar pontos positivos neste novo contexto apoiado pela mídia internacional que volta seu olhar para o Brasil nas questões ambientais e nos investimentos na produção de alimentos.
Sobre o tema abordado por Paulo Cesar o portal agroadvance.com.br destacou que produção de grãos no Brasil deverá aumentar 36,8% nos próximos dez anos, chegando a um total de 370,5 milhões de toneladas na safra 2031/2032. Esse acréscimo corresponde a uma taxa de crescimento de 2,7% ao ano. Algodão, milho de segunda safra e soja devem continuar puxando o crescimento da produção de grãos.
Os números são do estudo Projeções do Agronegócio, Brasil 2021/22 a 2031/32, feito pelo MAPA (Secretaria de Política Agrícola, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) da Secretaria de Inteligência e Relações Estratégicas, da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) e do Departamento de Estatística, da Universidade de Brasília (UnB).
Segundo o estudo, o mercado interno, as exportações e os ganhos de produtividade deverão ser os principais fatores de crescimento na próxima década. O estudo aponta uma tendência de crescimento com ganhos de produtividade, já que a área de grãos deve aumentar 17% entre 2021/22 e 2031/32, passando de 74,3 milhões de hectares em 2021/22 para 86,9 milhões de hectares em 2031/32, o que corresponde a um acréscimo anual de 1,6%.
As projeções de grãos referem-se aos 16 produtos pesquisados mensalmente pela Conab, como parte de seus levantamentos de safra (algodão, amendoim, arroz, aveia, canola, centeio, cevada, feijão, gergelim, girassol, mamona, milho, soja, sorgo, trigo e triticale). Nesta atualização das projeções, o mês de setembro da safra 2021/2022 foi tomado como base para o início da série projetada.
Canarural/chapadenews