Nicolau Maquiavel, 1469 a 1527. O Principe.
“Um povo que aceita passivamente a corrupção e os corruptos, não merece a liberdade. Merece a escravidão.
Um país cujas leis são lenientes e beneficiam bandidos, não tem vocação para a liberdade. Seu povo é escravo por natureza.
Um povo cujas instituições, públicas e privadas, estão em boa parte corrompidas, não tem futuro. Só passado.
Uma nação, onde a suposta sociedade civil organizada não mexe uma palha se não houver a possibilidade de lucros, não é capaz de legar nada a seus filhos, a não ser dias sombrios.
Uma pátria, onde receber dinheiro mal havido a qualquer título é algo normal, não é uma pátria, pois nesse lugar não há patriotismo, apenas interesses e aparências.
Um país onde os poucos que se esforçam para fazer prevalecer os valores morais, como honestidade, ética, honra, são sufocados e massacrados, já caiu no abismo há muito tempo.
Uma sociedade onde muitos homens e mulheres estão satisfeitos com as sórdidas distrações, em transe profundo, não merece subsistir.
Só tenho compaixão daqueles bravos, que se revoltam com esse estado de coisas. Àqueles que consideram normal essa calamidade, não tenho nenhum sentimento.
Como é perigoso libertar um povo que prefere a escravidão!”
(Nicolau Maquiavel)