A Secretaria Especial da Receita Federal brasileira impôs multa de R$ 813 milhões à empresa agrícola Longping, controlada pelo CITIC Group Corp. De acordo com comunicado da própria companhia enviado à bolsa de valores de Shenzhen, no sul da China, a se refere a um negócio feito em 2017.
Nesse ano a Longping comprou as operações de produção de sementes de milho no Brasil da norte-americana DowDuPont por US$ 1,1 bilhão. O fisco brasileiro apurou que o negócio gerou valorizações das subsidiárias da empresa agrícola chinesa, sendo que o imposto fixado por lei nunca foi cobrado.
A Longping afirma que já acionou advogados e apresentou petição junto à Receita Federal para rever a decisão e a aplicação da multa. De acordo com ele, a empresa “tem sempre insistido em atuar de acordo com as leis e regulamentos” em vigor no Brasil.
Além do milho, em maio de 2021 a Longping anunciou a criação de um centro de pesquisa e desenvolvimento de novas variedades de soja na sede da subsidiária brasileira do grupo chinês, no estado de São Paulo. A base era um projeto em parceria com a Universidade Agrícola do Sul da China, com sede em Guangzhou, capital da província de Guangdong.
OUTROS NEGÓCIOS
O grupo chinês explora ainda o cultivo de arroz híbrido em Timor-Leste desde 2008, incluindo na Zona de Desenvolvimento da Indústria Agrícola em Natarbora, no sul do país. Nesse mesmo país a Longping criou ainda um projeto de reprodução de peixe e camarão em águas marinhas costeiras.
Além do agronegócio, o grupo CITIC está também presente no setor da construção civil e produção de perfis de alumínios na África. Os chineses possuem ainda a editora CITIC Press Group, que edita traduções para chinês de livros em língua portuguesa.
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