Goiás confirma 1º caso de varíola dos macacos em bebê

Goiás registrou o primeiro caso de varíola dos macacos em um bebê, segundo informe da Secretaria de Estado de Saúde (SES) divulgado nesta sexta-feira (23). De acordo com o documento, o bebê é um menino de 11 meses, morador de Águas Lindas de Goiás.

 

Ao todo, Goiás já registrou 453 casos, sendo que 437 pacientes são homens (96,5%) e 16 são mulheres, todos entre 0 e 64 anos de idade. A secretaria já descartou 579 casos investigados e ainda apura outros 399 pacientes que estão com a suspeita da doença. O estado não registrou nenhum óbito pela doença.

O g1 solicitou à SES-GO a idade ou a cidade em que o bebê contaminado reside, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

No penúltimo boletim, divulgado na quarta-feira (22), o paciente mais novo com registro da doença possuía 3 anos de idade. Até esta sexta-feira, 27 municípios registraram casos de varíola dos macacos. São eles:

  • Águas Lindas de Goiás;
  • Anápolis;
  • Anicuns;
  • Aparecida de Goiânia;
  • Aragoiânia;
  • Bom Jesus de Goiás;
  • Caldas Novas;
  • Campos Belos;
  • Catalão;
  • Cidade Ocidental;
  • Cristalina;
  • Goianápolis;
  • Goiânia;
  • Inhumas;
  • Itaberaí;
  • Jaraguá;
  • Jataí;
  • Luziânia;
  • Novo Gama;
  • Planaltina;
  • Rio Verde;
  • Santa Helena de Goiás;
  • Senador Canedo;
  • Trindade;
  • Uruaçu;
  • Uruana;
  • Valparaíso de Goiás.

 

 

 

Casos da varíola dos macacos foram identificados em 75 países, inclusive no Brasil — Foto: Getty Images
Casos da varíola dos macacos foram identificados em 75 países, inclusive no Brasil — Foto: Getty Images

Em agosto desse ano, a pasta divulgou um plano de contingência informando que o estado havia atingido situação de emergência em saúde pública, quando Goiás atingiu a marca de 160 casos. Na época, a SES-GO dividiu a situação da doença em três níveis, sendo que o estado estava no Nível III.

  • Nível I – Alerta: corresponde a uma situação em que o risco de introdução da doença seja elevado e não apresenta casos suspeitos.
  • Nível II – Perigo Iminente: detecção de caso suspeito de varíola dos macacos e/ou caso confirmado com transmissão alóctone (importado), sem registro de casos secundários (contatos).
  • Nível III – Emergência de Saúde Pública: situação em que há confirmação de transmissão local.

 

Sintomas da varíola dos macacos

 

  • febre
  • dor de cabeça
  • dores musculares
  • dor nas costas
  • gânglios (linfonodos) inchados
  • calafrios
  • exaustão

 

Transmissão da doença

 

  • Por contato com o vírus: com um animal, pessoa ou materiais infectados, incluindo através de mordidas e arranhões de animais, manuseio de caça selvagem ou pelo uso de produtos feitos de animais infectados. Ainda não se sabe qual animal mantém o vírus na natureza, embora os roedores africanos sejam suspeitos de desempenhar um papel na transmissão da varíola às pessoas.
  • De pessoa para pessoa: pelo contato direto com fluidos corporais como sangue e pus, secreções respiratórias ou feridas de uma pessoa infectada, durante o contato íntimo – inclusive durante o sexo – e ao beijar, abraçar ou tocar partes do corpo com feridas causadas pela doença. Ainda não se sabe se a varíola do macaco pode se espalhar através do sêmen ou fluidos vaginais.
  • Por materiais contaminados que tocaram fluidos corporais ou feridas, como roupas ou lençóis;
  • Da mãe para o feto através da placenta;
  • Da mãe para o bebê durante ou após o parto, pelo contato pele a pele;
  • Úlceras, lesões ou feridas na boca também podem ser infecciosas, o que significa que o vírus pode se espalhar pela saliva.

 

 

Por Gabriela Macêdo, g1 Goiás