Fazendeiro de Goiás morre queimado após tentar salvar animais durante incêndio

Um fazendeiro de 65 anos morreu queimado após tentar salvar animais durante um incêndio, em Cidade Ocidental-GO, no Entorno do Distrito Federal. O irmão da vítima afirmou que o fogo se iniciou em uma propriedade vizinha, na segunda-feira (12).

 

 

A vítima, Valdemar Moacir Azevedo, e o irmão dele, Milton Valdemir de Azevedo, tentaram apagar as chamas com mangueiras.

“Íamos jogar água no fogo para tentar salvar os animais. Ele não teve tempo de correr, caiu e foi pego pelo fogo”, detalhou Milton.

 

Valdemar chegou a ser levado para o hospital, mas não resistiu aos ferimentos. Ele morreu na terça-feira (13). O g1 não conseguiu localizar o dono da propriedade onde o incêndio começou.

Segundo Milton, ele e a família acionaram o Corpo de Bombeiros, mas a ligação foi redirecionada a um batalhão localizado a uma grande distância da propriedade, de modo que não foram atendidos.

Ao g1, o Corpo de Bombeiros explicou que o Batalhão de Luziânia, que atende na região da Cidade Ocidental, não foi acionado para a ocorrência.

“O que pode ter acontecido, caso tenham ligado no 193, é que devido a proximidade com Brasília, ter caído em algum batalhão de Brasília”, explicou o batalhão.

Incêndio

 

O irmão da vítima conta que o fogo consumiu cerca de 7 mil dos 10 mil metros que a chácara tem. Na propriedade, diversas árvores, como pés de caju, maracujá e banana foram queimados. O curral, o galinheiro, a cerca, a caixa d’água e a fiação elétrica também foram danificados.

Milton disse ainda que cerca de 20 animais morreram e que apenas três sobreviveram: uma cabra e um filhote, além de um peru fêmea, que segundo ele, ficou cega de um olho.

“Somente a área da residência foi preservada”, lamenta Milton.

 

Ele ainda conta que Valdemar, que era guarda civil metropolitano na Cidade Ocidental, não morava na fazenda – que era propriedade de ambos os irmãos –, mas que tinha planos de se mudar e que tinha acabado de construir uma casa ao lado da de Milton.

“Éramos muito próximos. Ele trabalhava na parte urbana da Cidade Ocidental, em regime de escala, e toda folga vinha para cá”, contou.

Por Gabriela Macêdo, Gabriel Buosi e Paula Jardim, g1 Goiás e TV Anhanguera