Agrônomo é multado em R$ 17 mil em Cassilândia por derrubar árvores e enterrar a madeira ilegalmente

Um engenheiro agrônomo foi autuado ontem (1º) por derrubar árvores e enterrar a madeira ilegal numa tentativa de esconder o crime ambiental. A PMA (Polícia Militar Ambiental) aplicou a multa para ele, que é o proprietário da área, de R$ 17.360,00.

O caso foi registrado na zona rural, a 15 km de Cassilândia. No local foi encontrada uma máquina escavadeira abrindo as valas para depositar a lenha nativa, retiradas das árvores e enterrada ilegalmente. A máquina escavadeira foi apreendida.

Imagem aérea da área utilizada para fazer cemitério de árvores na propriedade. (Foto: PMA)
Imagem aérea da área utilizada para fazer cemitério de árvores na propriedade. (Foto: PMA)

 

No momento da abordagem os militares faziam ações da Operação Prolepse, com orientação contra os incêndios e queima controlada que estão proibidos em Mato Grosso do Sul até dezembro deste ano.

Ilegalidade que também foi constatada no local. A equipe militar encontrou marcas de um incêndio em vegetação que estava em faixas do terreno, mostrando a limpeza de pastagem.

Imagem aérea comprova uso de fogo no local, o que está proibido até o final deste ano. (Foto: PMA)
Imagem aérea comprova uso de fogo no local, o que está proibido até o final deste ano. (Foto: PMA)

 

Vale acrescentar que o engenheiro tinha licença ambiental para derrubar as árvores isoladas, que estavam em meio a uma pastagem. A prática era feita para a mudança no uso do solo, com objetivo de plantar lavoura.

Mas em qualquer situação de exploração de material madeireiro com potencial econômico, as licenças condicionam o aproveitamento do material e o proprietário estava enterrando a madeira.

Normalmente isso é feito, porque as árvores são distantes umas das outras e o custo da retirada da madeira é maior do que a venda do material. Por isso, algumas pessoas enterram para burlar a fiscalização.

Terra mexida, com sinais de passagem de máquina e covas onde árvores foram enterradas. (Foto: PMA)
Terra mexida, com sinais de passagem de máquina e covas onde árvores foram enterradas. (Foto: PMA)

 

 

Por Gabriela Couto – CAMPO GRANDE NEWS