Polícia prende ‘tio’ suspeito de estuprar 5 crianças após câmera escondida confirmar abusos, em MS
Luiz Eidi Watanabe, de 55 anos, foi preso suspeito de estuprar cinco crianças, nessa segunda-feira (18), em Rio Negro (MS) – a 144 km de Campo Grande. De acordo com a investigação, o crime só foi comprovado após a Justiça de Mato Grosso do Sul permitir a instalação de câmera escondida dentro da residência do suspeito, onde aconteciam os abusos.
A prisão foi feita pela Polícia Civil do município, em parceria com o Departamento de Inteligência (DIP/PCMS). Segundo o delegado Gabriel Cardoso, responsável pelo caso, Luiz Watanabe é acusado de ter abusado de uma menina, de 3 anos, e outros quatro meninos, um de 5 anos, outro de 9 e os outros dois de 11 anos.
De acordo com a investigação, o suspeito era vizinho das famílias, mantinha uma relação de confiança com os responsáveis das crianças e era tratado como “tio”. Conforme o delegado, o ajudante de pintor morava sozinho e atraia as crianças com doces, brinquedos e até alimentos.
Avanço das investigações
As investigações apontam que a primeira denúncia contra o suspeito foi feita pela mãe de uma menina, em 2017, que contou à polícia ter visto o homem acariciando as partes íntimas da filha. Porém, durante o depoimento especial da criança, não foi comprovado o abuso.
A denúncia de abuso voltou a se repetir em 2020, com outras duas acusações feitas através do conselho tutelar. Após a denúncia mais recente, a Polícia Civil entrou com o pedido para a instalação da câmera escondida na casa do suspeito.
A Justiça de Mato Grosso do Sul concedeu a “captação ambiental”, que comprovou os abusos. Apenas cinco anos após a primeira denúncia, o suspeito foi preso.
O suspeito foi preso em Rio Negro e aguarda transferência para o presídio de Campo Grande. Ainda conforme o delegado, não se descartam a possibilidade de mais vítimas, já que a casa era frequentada por várias crianças e adolescentes. Segundo o delegado, as famílias das vítimas também serão investigadas para identificar se, de alguma forma, elas sabiam dos abusos.
Por Débora Ricalde e Maressa Mendonça, g1 MS