ESPERE para vender sua soja: ENTENDA

A situação agora é outra e, de acordo com especialista da TF, o momento é de esperar

 

“Como há uma previsão de alta – não a curto, mas a médio prazo – nossa recomendação é que o agricultor espere pelo menos umas duas semanas para vender novamente”. A recomendação é do analista sênior da Consultoria TF Agroeconômica, Luiz Pacheco.

“Há duas semanas dissemos numa live que seríamos vendedores de soja e, depois disto, de fato, as cotações recuaram. Quem seguiu a nossa orientação vendeu R$ 6,00/saca acima das cotações deste momento”, explica ele. A situação agora é outra e, de acordo com o especialista, e o momento é de esperar. O que vem pela frente no mercado da soja?

 

FATORES DE ALTA

*Mas as vendas dos restaurantes foram maiores em junho em relação a maio: As vendas no varejo em junho cresceram 3,1% a/a, primeira alta em quatro meses. Os gastos com restaurantes caíram 4% a/a, mas cresceram 25% em relação a maio, embora ainda estejam bem longe de tempos normais.

 

*Tecnicamente, a proximidade da linha de suporte faz prever a volta para dentro do canal de tendência da safra, mesmo que haja uma breve queda antes disto acontecer.

*Altas do dólar de 2,60% na semana e 3,25% no mês, que melhoram os preços pagos no Brasil.

*Expectativa de tempo quente e seco no Meio Oeste americano. Se confirmado e causar danos, poderá reverter totalmente para cima a tendência das cotações, embora a fase mais sensível das lavouras ocorra apenas em agosto.

FATORES DE BAIXA

*Posição líquida de compra dos Fundos no nível mais baixo desde dezembro. Significa que os Fundos estão apostando na baixa, a curto prazo, razão pela qual aconselhamos os agricultores a permanecerem fora de mercado enquanto esta situação temporária durar.

 

*Recessão econômica mundial, que tem fortes reflexo sobre a demanda dos subprodutos, farelo (para as carnes) e óleo (para as frituras e para o biodiesel).

*Volta do lockdown e queda no crescimento na China. O crescimento do PIB no 2o trimestre ficou em 0,4% a/a, bem abaixo das expectativas de +1,1%. No comparativo trimestral a queda foi de 2,6% contra expectativas de -1,5%. Pior desempenho desde 1992, quando a estatística começou a ser levantada – com exceção do 2o trimestre de 2020. Com isto o USDA reduziu em 1,0 milhão de toneladas a demanda chinesa de soja para este ano.

AgrolinkLeonardo Gottems