Efeito inverso: antes, os moradores na linha de fronteira entre Brasil e Paraguai buscavam pelos postos de combustíveis paraguaios para abastecer os veículos. Porém, com a limitação de impostos nacionais e queda o ICMS, os moradores de Pedro Juan Caballero (PY) estão cruzando a fronteira e indo abastecer com gasolina do lado brasileiro, em Ponta Porã (MS).
Nos postos de combustíveis brasileiro era raro ver carros paraguaios, agora, a situação está diferente. Em média, os postos em Ponta Porã (MS) estão R$ 0,15 mais baratos do que os de Pedro Juan Caballero.
A doméstica Maria Madalena Torres Sanabria nunca tinha visto esse tipo de situação. “Nunca vi nada assim, nunca vi uma situação dessa. Agora eu vou abastecer só no Brasil”, detalhou.
Claudio Miranda é paraguaio e aproveitou o preço mais baixo no Brasil para encher o tanque. “Compensa muito mais aqui”. Margarida Maidana também aproveitou para abastecer do lado brasileiro, “aqui compensa muito mais”, disse a paraguaia.
O economista Michel Constantino explica que os postos de combustíveis brasileiros já sentem o reflexo da redução dos impostos. Já no Paraguai, o que tem afetado o preço elevado é a alta no dólar.
“O cálculo dos combustíveis, internacional, principalmente no Paraguai, também leva em conta o dólar. Como o país não teve redução de impostos, os preços continuam altos no país vizinho. Com o incentivo maior no Brasil, os carros procuram o país para abastecer pelos preços mais baixos”, detalha o economista.
Por José Câmara e Martim An, g1 MS e TV Morena