Inaugurado o Paço Municipal Edwino R Schultz em Chapadão do Sul

O prefeito municipal de Chapadão do Sul, João Carlos Krug realizou neste dia 16, a inauguração do Paço Municipal de Chapadão do Sul, que ganhou o nome do fundador e primeiro prefeito do municipal, Edwino Raimundo Schultz.

O cerimonial da inauguração teve a presença do Governador Reinaldo Azambuja, senador Nelsinho Trad; os deputados federais Tereza Cristina e Beto Pereira; e os deputados estaduais Paulo Corrêa, que é presidente da Assembleia, Mara Caseiro e Coronel Davi. Além deles, estiveram presentes o secretário estadual da Casa Civil, Sérgio de Paula, e os diretores-presidentes da Fundesporte e da Sanesul, Silvio Lobo e Marta Rocha.

 

O edifício tem 17 células totalmente destinadas ao atendimento do cidadão, cada uma com 235m² sem paredes fixas (concreto ou alvenarias). O layout pode ser alterado  de acordo com a melhor ocupação. Três células serão destinadas como depósito.  O prédio foi construído  em parceria entre Prefeitura e Câmara Municipal através  de recursos por meio da devolução do duodécimo. É uma das obras mais relevantes dos últimos anos na cidade.  O projeto ainda conta com estacionamento, elevador e uma fonte de água no saguão central.

O valor do investimento em toda a obra mais móvel e equipamentos ficaram na casa do R$ 10 milhões de reais.

Prefeito João Carlos Krug disse que o nome do paço é uma justa e merecida homenagem ao homem que ao lado de sua família, desbravou esse cerrado e deu inicio a um povoado que mais tarde se tornou essa cidade progressista. Enfatizou também o trabalho dos ex-prefeitos, ex-vereadores e dos atuais que se empenharam e dedicam hoje para construir um município cada vez melhor, como foi a caso do presidente Antônio Assunção e os demais vereadores que devolveram o duodécimo para construir o Paço Municipal.

Edwino Schultz foi representado pelo seu primogênito Ervino Schultz, filha Celiria, nora Adelina, genro, Teixeirinha, netas, Rosana Schultz e Franciele e Ariane, o neto Ricardo e o bisneto Kaua

 

SCHULTZ

O primeiro prefeito de Chapadão do Sul,  Edwino Raimundo Schultz, faleceu em maio de 2020 aos 83 anos, fora dos holofotes políticos que marcaram sua existência. A biografia ainda não foi escrita como deveria por ter sido protagonista da história sul-chapadense com seus erros e acertos. Os tempos ainda eram de desbravamento, numa região inóspita, cheia de cascavéis e que ainda precisava ser colonizada para formatar o modelo de desenvolvimento econômico que décadas mais tarde tornaria o Chapadão dos Gaúchos e Chapadão do Sul, a “Capital Agrícola” de MS. Foi um homem importante na história do município e deu os primeiros passos em ações empreendedoras em várias ações continuadas por outras pessoas.

Alguém tinha que ser o primeiro prefeito e quis o destino que Edwino Raimundo Schultz assumisse a gestão de uma comunidade ainda sem os recursos de hoje e tudo ainda por fazer. Apesar de morrer fora dos holofotes da política, morando sozinho num imóvel  nos fundos da cometa moto center, sempre era chamado para ser cabo eleitoral de candidatos a prefeito ou à Câmara de Vereadores. Tinha centenas de simpatizantes que admiraram sua história e da esposa, Dalila Goelzer, uma mulher conhecida pela bondade e preocupação com o próximo.

Nasceu em 17 de setembro de 1935, em ijui (RS).  Era filho de Eduardo Fernando Schultz e Blondina Shultz. Casou-se com Dalila Goelzer em 1953 e tiveram seis filhos, quinze netos e sete bisnetos. Mudou-se para Chapadão do Sul em 1973, instalando-se onde hoje está a MS-306, mais especificamente no KM-105. Neste local abriu o primeiro posto de gasolina (Posto Chapadão) com mercearia, construiu a primeira residência no Chapadão dos Gaúchos (como era conhecido na época).

Deu início ao loteamento que futuramente se tornou Chapadão do Sul. A família Schultz foi uma das fundadoras da Igreja Evangélica de Confissão Luterana do Brasil. Participou da comissão de emancipação se tornado o primeiro prefeito, assumindo em 1989 até 1992. Nesse período, juntamente com a esposa e filhos, doaram 600 lotes para a criação do Bairro Esperança, onde também está o estádio da SERC e Clube Pantanal.

Em 1995 faleceu a esposa, Dona Dalila, muito conhecida e querida por todos. Após o término do mandato continuou trabalhando em prol do desenvolvimento do município. Não deixando a política de lado, voltou a se candidatar em 1996 e reelegeu.  Passou por turbulência política que também afetou a cidade na época. Foi cassado e nunca mais voltou à vida pública como protagonista. Atuou nos bastidores até o fim da vida.