Chapadão do Sul lidera casos de ferrugem da soja no país; Chapadão do Céu fica em terceiro

A cidade sul-mato-grossense de Chapadão do Sul, está liderando o ranking nacional de casos de ferrugem asiática da soja na safra 2015/2016. Segundo o Consórcio Antiferrugem, a parceria público-privada que atua no combate a doença, até o dia 21 de fevereiro foram confirmados 39 focos da doença. Depois aparecem dois municípios de Goiás, Rio Verde, com 20 registros e Chapadão do Céu, com 17. O Consórcio Antiferrugem destaca que dos casos registrados na cidade sul-mato-grossense, 19 ocorreram em janeiro e 20 em fevereiro, sendo o mais recente registro datado do dia 21 de fevereiro. Além de Chapadão do Sul, focos da doença foram confirmados em outros dez municípios de Mato Grosso do Sul: Amambai (1 caso), Aral Moreira (4), Costa Rica (1), Dourados (4), Laguna Carapã (2), Maracaju (4), Naviraí (2), Ponta Porã (4), São Gabriel do Oeste (1) e Sidrolândia (2).

Com esses focos, o estado contabiliza nesta safra um total de 64 casos. O número ainda é parcial, já que a colheita ainda está sendo realizada, mas já é três vezes maior do que o registrado em todo o ciclo anterior, que foi de 19 focos. Com essa quantidade, Mato Grosso do Sul é o quarto estado do país em casos de ferrugem asiática, ficando atrás do Paraná, com 121, Rio Grande do Sul, com 117 e Goiás, com 71. No Brasil a quantidade de registros confirmados é de 431.

A Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul (Aprosoja/MS) destacou em circular do Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio (Siga) divulgada nesta semana, que o excesso de chuvas no estado entre dezembro e janeiro, favoreceu o desenvolvimento de doenças nas lavouras do grão e que ainda, por contra dos estragos que provocou em estradas e pontes, e em razão do excesso de umidade no solo, dificultou o manejo adequado das lavouras.

O que é a ferrugem asiática
De acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a ferrugem é considerada uma das doenças mais severas que incidem na cultura e pode ocorrer em qualquer estádio fenológico da cultura.

Plantas infectadas apresentam desfolha precoce, comprometendo a formação e o enchimento de vagens, reduzindo o peso final dos grãos. Nas diversas regiões geográficas onde a ferrugem asiática foi relatada em níveis epidêmicos, os danos variam de 10% a 90% da produção.

 

 

 

G1 MS