A Arábia Saudita, maior produtor mundial de petróleo, habilitou importação de carne, in natura e industrializada, de nove frigoríficos sul-mato-grossenses. As negociações devem ser concretizadas até o final de fevereiro.
A autorização, divulgada pelo governo estadual, afirma que a SFDA (Sigla para Autoridade Saudita de Alimentos e Medicamentos) habilitou ao todo 49 frigoríficos brasileiros a exportar carne para o Oriente Médio.
Dados divulgados pelo governo, afirma que as indústrias frigoríficas esperam alcançar com as exportações para os sauditas cerca de US$ 46 milhões neste ano, o equivalente a R$ 168 milhões (com a cotação do dólar na casa dos R$ 4).
O potencial para os próximos anos, de acordo com cálculos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), chega a US$ 74 milhões. Para a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne, esse é um mercado com grande potencial: o país consome anualmente 108 mil toneladas de carne (85% são importadas), com expectativa de aumentar o consumo em até 8% até 2019.
Suspenso desde 2012, depois de um caso atípico da doença da vaca louca, as exportações brasileira para o mercado saudita foram reabertas após negociações entre o MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) com o Ministério da Agricultura do Reino da Arábia Saudita.
Apenas em 2014, os sauditas gastaram cerca de US$ 355 milhões (quase R$ 1,5 bilhão) na importação de quase 100 mil toneladas de carne, o que equivale a quase 10% da exportação brasileira de carne bovina, estimada em 1,1 milhão de toneladas/ano.
O governo estadual divulgou que foram habilitadas as exportações de três unidades JBS, sendo duas de Campo Grande e uma de Naviraí, duas unidades Marfrig, em Bataguassu e Porto Murtinho, do frigorífico Total, de Paranaíba, Minerva, de Batayporã, Vale Grande, de Iguatemi e Mataboi, de Três Lagoas.