Testes para detecção da dengue estão em falta na rede pública de MS
O reagente usado para fazer exame que confirma a dengue e outras doenças está esgotado na rede pública de Mato Grosso do Sul. De acordo com a SES (Secretaria Estadual de Saúde), o insumo não foi encaminhado pelo ente federal.
A pasta afirma ao site Campo Grande News que abriu processo de compra emergencial para o Estado.
Em reportagem da Folha de S. Paulo, foi informado que o Ministério da Saúde deverá fazer os repasses no mês de junho, conforme licitação. Já os fármacos para tratamento da doença têm sido encaminhados.
Pela rede particular, nem todas as farmácias oferecem o diagnóstico, conforme apurado hoje pela reportagem. No entanto, a Ative Care, no Bairro Chácara Cachoeira, vende a R$ 68 o exame de sangue que detecta presença de anticorpo.
Esse teste é usado para constatar também se o indivíduo já teve a doença, o que é preciso para caso deseje receber a vacina contra a arbovirose – conforme determinação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), somente quem já pegou dengue pode ser imunizado.
Dengue – De acordo com a SES, um caso suspeito de dengue pode apresentar sintomas como dor abdominal intensa, vômitos, acumulação de líquidos, sangramento de mucosas, letargia ou irritabilidade, hipotensão postural, hepatomegalia, dentre outros.
Os sinais podem se agravar e incluir sangramentos graves e até comprometimento de órgãos. Vale ressaltar que o tratamento inclui, sobretudo, hidratação adequada e reconhecimento precoce de sintomas.
A primeira morte do ano foi confirmada em 16 de março, em Campo Grande, mas desde então, já são, ao menos, nove vítimas da doença em território estadual.
A dengue é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, que também é vetor da zika e chikungunya. A SES orienta evitar água parada em todo ano, manter bem tampados tonéis, caixas e barris de água, deixar pneus em locais cobertos, remover galhos e folhas de calhas, além de fazer manutenção de piscinas.
Além disso, é importante colocar lixos em sacos plásticos em lixeiras fechadas, vedar bem os sacos de lixo e não deixar ao alcance de animais, manter garrafas de vidro e latinhas de boca para baixo, tampar ralos, catar sacos plásticos e lixo do quintal, dentre outras medidas que impeçam o acúmulo de água e de sujeiras.
Por Guilherme Correia – CAMPO GRANDE NEWS