Costa Rica: Mulher nega participação na execução, mas diz que queria “estar lá” para vingar estupro da filha
A mulher de 22 anos acusada de mandar matar a ex-sogra, Silvana Inácio Garcia, 46 anos, e o companheiro dela, Elias Moreira dos Santos, 55, que sobreviveu aos tiros, negou participação no crime, mas afirmou que queria “estar lá” no momento da execução. A mulher confessou que planejava matar os dois após ter descoberto que a filha de três anos foi estuprada. A polícia investiga o assassinato de Silvana, a tentativa de homicídio contra Elias e a denúncia de estupro da criança.
O caso ocorreu durante a madrugada desta segunda-feira (9), em Costa Rica, quando um adolescente chamou no portão da residência do casal, pedindo para usar o banheiro. Silvana foi atingida por três tiros e morreu na casa. Elias conseguiu correr, foi socorrido e está internado na Santa Casa da Capital.
A possível mandante do crime terá o nome preservado pela reportagem para que a criança não seja identificada, pois o caso envolve denúncia de estupro. A mulher foi presa poucas horas depois do assassinato e o adolescente – que participou da execução do crime – foi apreendido. A polícia de Costa Rica ainda busca outro menor de idade, que também efetuou disparos.
Ouvida pela polícia, a mulher contou detalhes que antecederam o crime. Ela revelou que manteve um relacionamento com o filho de Silvana Inácio, sendo que o casal teve dois filhos juntos. A filha mais velha, com três anos, frequentava a casa da avó.
No domingo (8), a mulher fez um churrasco e no local, estavam alguns amigos, entre eles, dois adolescentes e a irmã da mandante. Todos bebiam e estavam “chapados”, segundo ela. Em determinado momento, a mulher levou a filha para o banho, quando a criança reclamou de dores nas partes íntimas e a mãe notou que a região estava vermelha.
A menina foi questionada pela mãe, momento em que teria afirmado que o “vovô Elias” teria mexido e que a vovó Silvana pediu para não falar. A mulher afirma ter ficado furiosa naquele momento, chegou a contar o fato para o marido, que está preso em Paranaíba, e se deitou. Todos que estavam na casa continuaram confraternizando, mas afirmavam que iriam se vingar. A mãe, por sua vez, pedia que ninguém fizesse nada, porque ela quem mataria o casal.
A mulher afirma que bebeu, usou drogas e estava chapada quando saiu com os adolescentes para comprar uma arma de fogo. Ela chegou a sacar R$ 2 mil, mas afirma não ter conseguido comprar um revólver. Foi então, conforme o depoimento, que os adolescentes a deixaram em casa, dizendo que conseguiriam encontrar uma arma, mas não retornaram. A mulher diz que ficou sabendo do crime somente quando acordou na manhã de segunda-feira.
Ela revela também que chegou a ligar para o pai da criança, filho de Silvana, mas que ele não tomou atitude alguma. Ainda diz acreditar que o marido também cobrou “atitude de pai” dele. A mulher acredita que os adolescentes tomaram as dores, executaram o crime e que queria “estar lá” no momento. A mulher permanece presa.
Por Dayene Paz – CAMPO GRANDE NEWS