Dobra em MS número de mortes por dengue em 2022 em relação ao ano anterior

Mato Grosso do Sul registrou até o momento seis mortes por dengue. O número dobrou em comparação à semana passada, quando havia três óbitos, segundo o boletim epidemiológico da SES (Secretaria de Estado de Saúde) desta quarta-feira (27).

As últimas mortes ocorreram no início desta semana: idoso de 82 anos de Guia Lopes da Laguna que morreu dia 12 de abril, mas apresentou os sintomas da doença um mês antes; mulher de 37 anos de Campo Grande com doença autoimune, que faleceu dia 16 de abril, mas apresentou os sintomas seis dias antes; um homem de 48 anos de Chapadão do Sul que faleceu no último dia 22 e sentiu os primeiros sinais dez dias antes.

Outra preocupação é em relação ao aumento das notificações que em quatro meses já atingiu 64% ao protocolar 6.484 notificações em comparação a 10.099 do ano passado. Diferente da semana passada, em que três municípios do estado não haviam registrado nenhuma notificação da doença, desta vez, das 79 cidades, todas estão “coloridas”, sendo 21 com alta incidência da doença – vermelha -, 14 com média incidência – amarela – e 34 com baixa – verde.

Principais sintomas

  • Dor abdominal intensa e contínua ou dor à palpação do abdômen;
  • Vômitos persistentes;
  • Acumulação de líquidos (ascites, derrame pleural, pericárdio);
  • Sangramento de mucosas;
  • Letargia ou irritabilidade;
  • Hipotensão postural (é a diminuição súbita da pressão arterial ao se levantar de uma posição deitada ou sentada, principalmente quando de maneira brusca);
  • Hepatomegalia maior do que 2 cm;
  • Aumento progressivo do hematócrito.

Os cinco municípios com maior incidência da doença são Chapadão do Sul (290); Amambai (170); Ribas do Rio Pardo (84); e Douradina (20) e Paraíso das Águas (18). A capital tem 369 casos confirmados e está entre os municípios com baixa incidência, ou seja, abaixo de 100 casos por 100 mil habitantes.

No estado, a maioria dos casos está concentrado nas vítimas femininas com 52,3% contra 47,7% nos homens. O exame laboratorial tem sido usado na maior parte dos diagnósticos, concentrando 73,7%, contra 26,7% da constatação da doença por avaliação clínica.

 

 

*Primeira Página – Juliene Katayama