Está marcada para segunda-feira nova instrução e julgamento do processo que investiga a morte do tenente Mário José Eufrázio da Silva, no dia 15 de outubro de 2011. Ele tinha 49 anos de idade.
O crime aconteceu quando a Polícia Militar foi acionada para atender a uma ocorrência de violência doméstica na residência do soldado Adriano Paulo da Silva, na época com 34 anos de idade. O comandante, que estava de férias, foi chamado para acalmar o policial. Houve uma discussão entre os dois , Paulo teria sacado o seu revólver , o comandante correu e foi atingido por disparos.
Descobriu-se, depois da perícia, que o comandante foi atingido por três tiros. Da arma de Paulo partiram duas balas calibre 38, que atingiram o abdomen de Eufrázio. A cabeça foi atingida por uma munição calibre 40, a mesma utilizada pelos dois soldados que no dia do crime estavam em serviço e foram até a casa para atender a ocorrência.
Em depoimento o soldado José Antonio Ferreira Carapiá admitiu ter disparado, na tentativa de imobilizar Paulão que atirava contra o comandante, contou na época, o delegado Rodrigo de Freitas. “Eles estavam muito chocados e, inclusive choraram durante o depoimento”, disse em entrevista ao site Campo Grande News.
A defesa de Paulão recorreu entendendo que os tiros efetuados por ele não teriam sido a causa da morte. O Tribunal de Justiça foi favorável a inclusão na denúncia do soldado Carapiá, para que o mérito fosse examinado no momento processual adequado.
Segunda-feira a instrução e julgamento será somente em relação a atitude do soldado Carapiá. Inclusive, foi nomeado novo promotor para ação em respeito ao entendimento do promotor Adriano Lobo Resende de que Carapiá não deveria ser denunciado.
Cassilandianews