Imasul prepara diagnóstico sobre degradação na bacia do Alto Taquari

O Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) desenvolve com a Agência Nacional de Águas (ANA) e o governo de Mato Grosso um projeto para monitorar e desenvolver ações para os próximos 30 anos na bacia do Alto Taquari.

Atualmente o trabalho está na fase de diagnóstico e por isso depende de diversos levantamentos para identificar a situação dos rios que formam a bacia, incluindo o Taquari. Em imagem feita na quarta-feira (10), é possível notar alguns bancos de areia formados no curso d’água, sinais do assoreamento.

Os efeitos da ação do homem na bacia, como erosões e assoreamentos, são analisados há mais de 20 anos por estudiosos de universidades de Mato Grosso do Sul e de outros estados. A Embrapa Pantanal também tem feito dezenas de estudos sobre a situação.

“A causa do assoreamento do rio Taquari no Pantanal foi a intensificação dos processos erosivos na sua alta bacia, decorrentes da expansão desordenada da agropecuária, a partir de meados da década de 70”, indicou uma das análises da Embrapa Pantanal intitulada “Erosões na Bacia do Alto Taquari”.

O gerente de recursos hídricos do Imasul, Leonardo Sampaio Costa, afirmou que o projeto em início de execução vai ser fundamental para a preservação. “Vamos ter uma visão de como a bacia estará daqui 10, 20 anos na atual situação e quais ações precisam ser feitas nos próximos 30 anos para mudar isso”, explicou.

ANÁLISES

De acordo com doutora em desenvolvimento sustentável e representante da Associação Brasileira de Recursos Hídricos (ABRH) na regional de Mato Grosso do Sul, Synara Broch, há muitos estudos apontando para diferentes condições do rio Taquari. “A questão do Taquari vem sendo tratada há pelo menos 20 anos”, disse.

Ela ressaltou que algumas análises sugerem que degradações que aconteceriam no curso do rio daqui a 150 anos está sendo observado atualmente.

 

 

 

Correio do Estado