Caminhoneiro dado como desaparecido é suspeito de ter vendido carreta e carga no Paraguai
Caminhoneiro de 43 anos, do estado de Rondônia, até então dado como desaparecido desde o último sábado (09) na região sul de Mato Grosso do Sul, é suspeito de ter retirado o rastreador da carreta que trabalha e ter vendido a carga e o veículo na cidade paraguaia de Salto del Guairá, que fica a apenas 20 quilômetros de Mundo Novo.
O motorista presta serviço para uma empresa de transportes localizada em Manaus (AM). Ele realizava um frete de Mundo Novo para Cascavel (PR), momento em que parou de fazer contato com a família. O celular do motorista encontrava-se desligado. A Polícia Civil ainda não informou qual era o tipo de carga.
Segundo a polícia, após a notícia de que o caminhoneiro estava desaparecido, policiais da delegacia de Mundo Novo fizeram diligências para a localização dele. Foi feito contato com a Polícia Nacional do Paraguai que, em cooperação, o procurou no país. Ainda de acordo com a polícia, Informações são de que o motorista esteve no Paraguai e lá vendeu a carga e o caminhão.
A suspeita é de que o motorista retirou o rastreador e se apropriou da carga, veículo e entrou no Paraguai no dia 9 de abril, suposto dia do desaparecimento. Depois ele retornou no dia 10 e se hospedou em um hotel de Mundo Novo.
Testemunha disse que no dia 11, por volta das 15h deu carona para ele até o Paraguai. Na ocasião, o caminhoneiro alegou que iria realizar compras no país vizinho.
Posteriormente, ele voltou para o hotel em que estava hospedado em Mundo Novo e, nesta terça-feira (12), foi até a uma loja, onde comprou um celular e um chip.
Já nesta quarta-feira (13), após diligências, equipe da Seção de Investigações Gerais localizou o motorista no hotel em que estava hospedado desde domingo (11). Ele não possuía qualquer tipo de ferimento ou restrição que o impedisse de sair daquele local ou de entrar em contato com a família.
Ainda de acordo com a polícia, desde terça-feira (12) ele já tinha um aparelho celular com chip, mas não realizou contato com a família ou com o patrão.
No hotel, os policiais foram informados que o caminhoneiro se hospedou no dia 10 (domingo), e que chegou sozinho naquele local. Na loja em que adquiriu o aparelho celular, o vendedor afirmou que ele estava tranquilo comprou o aparelho celular e não relatando ter sido vítima de algum crime.
Porém na delegacia, o caminhoneiro afirmou que foi vítima de roubo e que os criminosos o levaram para o Paraguai. Posteriormente, os bandidos o trouxeram até o Brasil e o hospedaram no hotel em que foi localizado. Informou que lhe foi ordenado, sob ameaças, que ficasse naquele lugar. Por fim, disse que saiu apenas na data de ontem para comprar o celular pois, caso precisasse, iria ligar para a família, retornando para o hotel logo em seguida. Negou qualquer participação no crime.
Imagens de câmeras de segurança foram requisitadas e serão juntadas ao Inquérito Policial.
Diante dos elementos de informação presentes, o motorista foi indiciado pelo crime de Apropriação indébita com a pena majorada em razão de ofício, emprego ou profissão (art. 168, §1º, III do CP).