Operação investiga grupo suspeito de faturar R$ 100 milhões com agrotóxicos falsificados em Goiás

Seis pessoas foram presas durante a Operação Faixa Vermelha, deflagrada pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO), que investiga a atuação de um grupo suspeito especializado na comercialização irregular e falsificação de agrotóxicos, inclusive com a utilização de documentação falsa. A estimativa preliminar aponta que apenas uma das empresas ligadas à quadrilha tenha faturado R$ 114 milhões em comercializações suspeitas desde 2018.

Durante a operação também foram cumpridos 34 mandados de busca e apreensão nos municípios de Goiânia, Aparecida de Goiânia, Senador Canedo, Guapó, Novo Gama e Palmas (TO). Os mandados foram expedidos pela 1ª Vara Estadual dos Feitos Relativos a Delitos Praticados por Organização Criminosa e Lavagem ou Ocultação de Bens Direitos e Valores.

De acordo com as investigações, o grupo criminoso possui diversas empresas que atuam em diferentes etapas da produção dos defensivos agrícolas, desde a aquisição de insumos, fabricação, armazenamento, transporte e comercialização ilegal.

Há suspeitas de que o grupo comercialize produtos domissanitários – que podem causar acidentes e danos à saúde das pessoas e animais apresentando diversos graus de toxidade, para utilização na agricultura sem autorização legal, além de falsificar e comercializar agrotóxicos de diversas empresas.

Segundo o MP-GO, “as condutas investigadas causam graves danos ao meio ambiente e à saúde pública, principalmente em razão dos riscos derivados de aplicação de produtos tóxicos em lavouras e alimentos sem o devido controle dos órgãos competentes”.

Para cumprimento das ordens judiciais em Goiás, participam da operação 26 promotores de Justiça, 89 servidores, 3 delegados de polícia, 8 agentes, 88 policiais militares, 7 servidores da Secretaria de Economia e 4 peritos da Polícia Técnico-Científica. No Tocantins, a execução dos mandados contou com a cooperação do Ministério Público daquele Estado.

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