Ampla Visão: Vencer os concorrentes no partido: o desafio do candidato

LEMBRETES: Até as convenções tudo são flores. Depois é que são elas. Tido antes como aliado, cada candidato é visto dentro do partido como concorrente da mesma vaga.  Daí essa expectativa para saber em qual partido esse ou aquele candidato vai embarcar. Dependendo da escolha pode estar assinando seu atestado de derrota antes mesmo da campanha começar.

NEBULOSO: Com o cenário nacional indefinido não é fácil prever como os quadros se comporão aqui no Estado. Cada pretenso candidato ao legislativo está mais preocupado com a contabilidade de seus votos do que com o desempenho de seu partido. Afinal, de que adianta seu partido ir maravilhosamente bem e o candidato não se eleger?!

EXEMPLOS: Em 2018 o PSDB fez bonito, elegeu 5 candidatos para Assembleia Legislativa. Mas se tornou uma chapa pesada que castigou alguns de seus candidatos. Mara Caseiro com 23.813 votos, Dione Hashioka com 21.754 votos e Enelvo Felini com 20.721 votos perderam as vagas para Evander Vendramini (PP) (12.627 votos), Lucas de Lima (Sol) (12.391 votos) e João H. Catan (PL) (11.010 votos).

VEJA BEM:   O professor Rinaldo, com 24.593 votos foi o candidato que se elegeu com menos votos dentro do PSDB. Isso demonstra os riscos que postulantes possam correr também em 2022. Aliás, o mais votado do PSDB foi Onevam de Matos (30.813 votos), Paulo Corrêa (27.664 votos); Felipe Orro (27.661 votos); Marçal Filho (25.437 votos) e professor Rinaldo (24.593 votos).

APOSTAS: Às vezes são os postulantes com menos tradição partidária e até com militância menor que acabam se dando bem. Basta olhar na relação dos eleitos não só para a Assembleia Legislativa como à Câmara e Senado em 2018. Foram beneficiados também pela federalização do debate. O que não se sabe é até onde a polarização da sucessão presidencial irá influenciar nas nossas eleições. É o efeito cascata.

DEPUTADOS & AÇÕES:  Paulo Corrêa (PSDB): presente e discursou no lançamento do programa ‘Campo Mais Seguro; integrou a comitiva do Governo no lançamento da reforma do Parque da Lagoa Comprida’ em Aquidauana. José Teixeira (DEM): aprovado seu projeto incluindo no Calendário Oficial de Eventos a Semana Estadual de Cuidados Paliativo; pede investimentos estaduais e federais para melhorar as condições do ensino em Corquinho e Deodápolis. Lucas de Lima (Sol); autor do projeto “Minha Escola, nossa Escola: aprendendo a preservar” nas unidades das redes pública e privada de ensino; continua com o projeto ‘Gabinete Itinerante’ em bairros da capital; tem projeto com programa de prevenção do alcoolismo feminino. Capitão Contar (PSL): oficializou sua filiação ao PL e anunciou a filiação da sua esposa Iara Diniz Contar à mesma sigla, sendo pré-candidata à Câmara Federal; aprovado seu projeto contra a sexualização ou erotização infantil em ambientes escolares. Pedro Kemp (PT): criticou a decisão do Governo em atrelar o preço dos combustíveis a cotação do dólar, onerando o orçamento familiar, lembrando que em 2021 o preço da gasolina subiu 68%.

ROSE MODESTO:  O próximo passo é materializar o discurso próprio para agregar novas lideranças.  Até aqui ela não passou sinais de independência. No seu palanque personagens que tiveram ligações com a administração estadual. Parece que Rose tenta preservar a boa relação com Governo mesmo porque o ‘União Brasil’ ainda é incógnita no quadro político de MS.

INCÓGNITA:  Como Rose irá se apresentar? Vai se limitar a apresentar seu projeto de governo? Qual será o tom crítico de sua campanha? Só a bandeira da renovação às vezes não basta. Qual o papel que terá o ex-ministro Luiz H. Mandetta e o vice governador Murilo Zauth neste contexto? Apesar das dúvidas não deixa de ser uma proposta interessante inclusive pelo número de postulantes no pleito.

OS DEMAIS: Ancorado na gestão de Reinaldo Azambuja, Eduardo Riedel (PSDB) espera o momento certo para alçar voo. Percorre o Estado em missão administrativa  e  tira proveito disso. Enquanto isso André Puccinelli (MDB) não foge ao seu estilo mesclando entrevistas com visitas. Já Marquinhos Trad ainda atento aos últimos atos como prefeito da capital e garantindo que manterá suas pretensões eleitorais. Quanto ao PT – ainda sem rumo, vai priorizando a eleição do ex-presidente Lula.

INOVANDO: Ex-líder comunitário, o vereador Carlão (PSB) vai longe. Na presidência da Casa inova ao disponibilizar um espaço exclusivo para os conselheiros e presidentes de bairros tratarem de aspectos e subsídios gerais a serem inseridos pela vereança em projetos gerais. Iniciativa pioneira e válida diante as dimensões de Campo Grande.

AÇÕES LEGISLATIVAS: Neno Razuk  (PTB); pede à Sanesul medidas para acabar com a falta de água em bairros de Rio  Brilhante; aprovado seu projeto da promoção de direitos de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA); reforça pedido de reforço policial em Bodoquena. Antônio Vaz (REP): celebra o ato do Governo Estadual sancionando a lei de sua autoria que comemora o Dia do Obreiro no terceiro domingo de agosto; continua alertando a população contra o Covid e as novas variantes possíveis.  Paulo Duarte (MDB): participou do lançamento do programa ‘Campo Mais Seguro’ ressaltando seu pioneirismo e os investimentos; seu projeto agora é lei denominando “Engenheiro Alvorindo Ravagnani Jr” a ponte sobre o córrego Prosa perto ao Lago NA117 no Parque das Nações Indígenas.   Marçal Filho (PSDB): é sua a proposta para homenagear Adersino Valensoela Gomes batizando com seu nome o novo complexo esportivo em construção de Maracaju; defende a aplicação do piso nacional dos professores em todos os municípios. Mara Caseiro: apresentou programa (live) abordando a violência contra a mulher que ocupa espaço no poder; aprovada seu projeto proibindo os planos de saúde de exigirem autorização do marido ou companheiro para uso de conceptivo.

 DELÍRIO: Parece que o ministro Fachini (STF) vive noutro país. Quer incentivar os 10 milhões de jovens entre 16 e 17 anos a tirar o título de eleitor e votar pela primeira vez. E mais: quer eles se filiando a um partido político. Ora! Os jovens estão desmotivados, desiludidos com a classe política e com o próprio STF. As prioridades deles são outras. Alguém precisa avisar sua Exa.

‘RUSSIA x UCRÂNIA: “… (-) O que acrescenta mais amargura ao nosso espírito é o papel do Brasil nisto tudo. Estamos vivendo como se nada estivesse acontecendo. Uma pesquisa indica que mais da metade dos brasileiros prefere que o país se mantenha neutro, numa demonstração de que estamos perdendo a distinção entre o bem e o mal e a empatia com o sofrimento dos outros…( ).

E MAIS: “… (-) As esquerdas históricas e seu candidato vitalício preferem condenar os Estados Unidos e a Europa pela origem do conflito, por supostamente ameaçarem a segurança da Rússia, a grande Rússia de Putin, democrática e socialista, modelo para a prosperidade e a justiça para os povos da terra. Até para os termos da política é cinismo demais. Se, além de pobres, estivermos também perdendo o senso moral, estamos chegando perto do fim da nossa história”. (Roberto Brant – ex-deputado federal e ex-ministro de FHC)

PERGUNTAS CRUEIS: “(-)…porque quem declara guerra não vai para o front como parte da infantaria do seu exército? É covarde alguém declarar guerra e ficar num palácio em absoluta segurança? Os filhos das elites servem aos quartéis ou, majoritariamente, jovens pobres, sem perspectiva, seguem a vida militar? Os corpos dos soldados são tidos como sub-humanos e não representam nada para os governantes que impõem a guerra? ” (Wallace de Moraes, professor da UFRJ)

‘PÃO E CIRCO’:   Sobrevivem em todos os governos para seduzir o coração do povo. Tudo começou com o Coliseu em Roma erguido em 8 anos. Antes de morrer o imperador Vespasiano recomendou ao seu filho Tito, seu sucessor, que priorizasse a obra no lugar de escolas e outras obras, ignorando os críticos. Tanto é que a inauguração foi marcada por ‘apenas’ 100 dias de festas. Portanto, nada mudou.

AÇÕES PARLAMENTARES: Evander Vendramini (PP): pede reparos na MS-28 entre Corumbá e Porto da Manga; é seu projeto de combate ao preconceito ao nanismo  que visa promover a inclusão de pessoas através de projetos e ações públicas. Lídio Lopes (Patri):  sempre ativo nas sessões com intervenções seguras e oportunas; tem levado ao Executivo as reivindicações de dezenas de  cidades que representa. Amarildo Cruz (PT): aprovado seu projeto declarando de utilidade  pública a Instituição Cultural de Músicas Regionais e Raízes de MS sediada em Campo Grande. Gerson Claro (PP): cuida da tramitação dos processos na Comissão de Constituição Justiça e Redação; viabilizou investimentos de R$12 milhões para a reforma da Santa Casa de Paranaíba. José C. Barbosa (DEM): visitou e celebrou o estágio das obras do asfalto rodoviário entre Fátima do Sul e Ponta Porão (100 kms); na Famasul prestigiou o evento de lançamento do programa ‘Campo Mais Seguro’; intercedeu para o Governo conceder recursos para Deodápolis (recapeamento e infraestrutura).

SUPERAÇÃO: Após ter sido senador, governador de Nova York e contrair doença que paralisou as pernas aos 39 anos (em 1920), Franklin Roosevelt passou a usar muletas e apoios de perna. Por 4 vezes seguidas presidiu os EUA: em 1932, reeleito em 1936, 1940 e 1944. Declarou guerra após o ataque a Pearl Harbor e obteve êxito colocando a indústria na fabricação de armas. Faleceu em 12 de abril de 1945, antes do fim do conflito.

O EXEMPLO dele é referência extraordinária para as novas gerações que hesitam diante de obstáculos na vida. Verdade, o mundo era outro, mas não por acaso foi eleito tantas vezes (a lei permitia) para comandar a maior nação do mundo. Convenhamos; heróis melhoram a autoestima de um povo. Vivendo apenas 63 anos Roosevelt aproveitou intensamente o seu curto período existencial.  Em Campo Grande temos uma rua com seu nome.

NA TELINHA: No horário partidário o candidato pelo Avante a presidente da república   deputado federal mineiro André Janones atrai a atenção. Ex-cobrador de ônibus e defensor dos usuários do SUS se elegeu com vídeos apoiando a greve dos caminhoneiros. No facebook tem 8 milhões de seguidores e ao seu estilo frente as câmeras tenta ser o fenômeno nas urnas. Brasil tem de tudo.

VERDE AMARELO: Seu desempenho na CPI da Pandemia carimbou seu passaporte para a política e Luciano Hang (Havan) deve ser a sensação nas urnas ao Senado de Santa Catarina. Seu discurso defendendo os comerciantes e pequenos empresários tem respaldo nos números (4,6 milhões) de seguidores no Instagram. Foram cutucar o homem e deu no que deu.

 

PILULAS DIGITAIS:

Governador não elege presidente, mas um presidente elege governadores. (G. Alckmin)

Na internet: Meu salário agora é híbrido. Gasto metade com eletricidade e a outra com gasolina.

Como se diz o cara absolutamente íntegro apanhado roubando: “Bem, eu também sou humano”. (Millôr Fernandes)

Brasil: único país do mundo a instituir aposentadoria como benefício póstumo ( Fraga)

Na internet: Ouvi um veículo na rua convocando para reagirmos: Dizia: Pamonhas! Pamonhas! Pamonhas!

Ficou claro que o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky é um comediante para ser levado a sério. (Dante Filho)

Entre Bolsonaro e Lula, a certeza é que disso não vai dar ‘Leite’. ( na internet)

Todo mundo quer mudar o mundo – mas ninguém quer ajudar a mãe a lavar a louça. ( da música “Lavar a Louça”, de Raissa Fayet)

Vladimir Putin é um líder do século XIX agindo no século XXI” (Ângela Merkel)

Após a absolvição, Aécio Neves sonha com a canonização. ( na internet)