Análise conjunta aponta equívoco em laudo divulgado sobre água de Costa Rica

Uma análise conjunta realizada por representantes da Secretaria de Estado de Saúde, por intermédio do programa VIGIAGUA, da Vigilância em Saúde Ambiental da Secretaria Municipal de Saúde de Costa Rica e do SAAE (Serviço Municipal de Água e Esgoto), divulgada nesta terça-feira (15), através da nota informativa nº 01/2022, aponta que houve um equívoco no laudo divulgado pelo SISAGUA (Sistema de Informação da Vigilância da Qualidade de Água para Consumo Humano) referente a possível presença de substâncias químicas detectadas em análises de amostras de água para consumo humano no município de Costa Rica no período de 2018 a 2020.

A nota esclarece que após a análise em conjunto de todos os laudos do laboratório de apoio e os resultados inseridos no SISAGUA no período indicado, “concluiu que os resultados dos laudos foram inseridos de forma equivocada, no momento do lançamento dos dados, diferentes dos apresentados nos laudos laboratoriais, comprovando através dos laudos originais, portanto a água do município de Costa Rica (MS) é considerada de qualidade potável para consumo humano, sem riscos de agravo a saúde da população, sem contaminação de resíduos por substâncias químicas”.

Conforme o documento, quanto a substância Mercúrio (inorgânica) coletada em 20 de junho de 2018 a inconsistência verificada foi inserção de resultado no SISAGUA com unidade de medida distinta (micrograma por litro (ug/L ) para miligramas por litro (mg/L), do laudo do laboratório contratado pelo Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Costa Rica.

Isso levou a conclusão de que o resultado inserido no SISAGUA foi:  0,1 mg/L sendo o Valor Máximo Permitido (VMP): 0,1 mg/L e o resultado do laudo laboratorial foi: <1,0 ug/L sendo o Valor Máximo Permitido (VMP): 100 ug/L.  Portanto a inserção correta do resultado após conversão de unidade seria: 0,001 mg/L, ou seja, o resultado está abaixo do valor máximo permitido pela legislação vigente.

O documento trouxe ainda com observação que após as análises detalhadas de todos os laudos do período informado, foram observadas outras substâncias citadas abaixo com valores alterados por consequência de equívocos no procedimento de digitação e lançamento de dados no SISAGUA:

– Ácidos haloacéticos total: (Data de Coleta: 20/06/2018)
Resultado inserido no SISAGUA: 3,0 mg/L — Valor Máximo Permitido (VMP): 0,08 mg/L
Resultado do laudo laboratorial: <20,0 ug/L — Valor Máximo Permitido (VMP): 80 ug/L

– Ácidos haloacéticos total: (Data de Coleta: 20/06/2018)
Resultado inserido no SISAGUA: 20 mg/L — Valor Máximo Permitido (VMP): 0,08 mg/L
Resultado do laudo laboratorial: 0,005 — Valor Máximo Permitido (VMP): 80 ug/L

– Antimônio: (Data de Coleta: 19/06/2019)
Resultado inserido no SISAGUA: 1,005 mg/L — Valor Máximo Permitido (VMP): 0,005 mg/L
Resultado do laudo laboratorial: 0,005 — Valor Máximo Permitido (VMP): 0,005 mg/L

– Xilenos: (Data de Coleta: 20/12/2019)
Resultado inserido no SISAGUA: 2 mg/L — Valor Máximo Permitido (VMP): 0,3 mg/L
Resultado do laudo laboratorial: <0,002 — Valor Máximo Permitido (VMP): 0,002 mg/L

Vale ressaltar que o Programa VIGIAGUA, que participou da análise conjunta, é estruturado a partir dos princípios do SUS (Sistema Único de Saúde).

Fonte: Assessoria de Comunicação