A visita da ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, ao Canadá rendeu frutos a Mato Grosso do Sul. Além da abertura de mercado para exportação de carne bovina e suína, que animou pecuaristas do Estado, empresa canadense de fertilizantes vai se instalar em Dourados. A informação foi dada pelo secretário estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck.
Na noite de segunda-feira (14), a ministra Tereza Cristina se reuniu com representantes de empresas de fertilizantes do Canadá. Ela destacou a importância de as empresas canadenses ampliarem o fornecimento para o Brasil neste momento de tensão militar no leste europeu. As reuniões foram tão boas que a Canpotex, que exporta o potássio das duas principais mineradoras do Canadá, informou à ministra que pretende aumentar o volume de vendas ao Brasil para além dos atuais 4 milhões de toneladas por ano.
Com agenda cheia no Canadá, Tereza Cristina se reuniu, ainda, com os presidentes das empresas Brasil Potash, Gensource, Nutrien, e Fertilizer Canada, além do Vice-Ministro da Agricultura do Canadá, Paul Samson. Nos encontros, a ministra falou sobre a importância do potássio para a produção de alimentos no Brasil. O detalhe do anúncio de Jaime Verruck, sobre a instalação de uma indústria de fertilizantes, é que a empresa que virá do Canadá ao Mato Grosso do Sul é a Nutrien – uma das empresas que a ministra se reuniu ontem.
As ações programadas entre a ministra e o secretário terão novos capítulos. No dia 20 deste mês, a ministra se tornará – oficialmente – presidente do PP em Mato Grosso do Sul. E Jaime Verruck já avisou que vai assinar a filiação do partido. A cada anúncio que a ministra faz de longe, o secretário faz outro de perto – tanto presencialmente, quanto geograficamente. O exemplo do Canadá e da Bolívia comprovam, além da reunião da ministra com presidentes de empresas de fertilizantes em terras canadenses e, na sequência, o secretário anuncia a vinda de uma fábrica para Dourados.
Antes de viajar ao Canadá, a ministra Tereza Cristina se reuniu com representantes de empresas de fertilizantes de países árabes e isso inclui o norte da África, com Argélia, Marrocos, Egito e Líbia. Na América do Sul, Jaime Verruck deverá “esticar seus olhares” para o Chile, que também produz fertilizantes e tem o interesse de vender mais para o Brasil, como indica periódicos chilenos. O único ponto obscuro é a situação da UFN3 (Unidade de Fertilizantes Nitrogenados, em Três Lagoas, que foi comprada pelo grupo russo Acron, que queria começar a produzir ainda este ano, mas com o estouro da guerra com a Ucrânia, o plano deve ser postergado. Neste caso, nem a ministra, nem o secretário não tem nada a ver com o conflito.
Elias Luz midiamax