Patrulha rural: propriedades devem se cadastradar para receber monitoramento

Referência nacional em segurança pública, Mato Grosso do Sul lançou nesta segunda-feira (14) mais um programa de proteção aos cidadãos. Desta vez, o público-alvo é o homem do campo. Para inibir roubos e furtos em propriedades rurais, o Governo do Estado e a Polícia Militar apresentaram o programa “Campo Mais Seguro – Policiamento Rural”, que oferece um sistema de prevenção criminal com uso de monitoramento georreferenciado no Estado.

Policiais militares foram treinados e capacitados para atuar no patrulhamento rural em todos os biomas de Mato Grosso do Sul, do Pantanal ao Cerrado.  Eles vão operar um sistema que possui aplicativo específico onde serão cadastradas as propriedades rurais. Em caso de ação criminosa, a Polícia Militar terá agilidade no envio de viaturas aos pontos sensíveis.

Para que possam ser atendidas as propriedades terão que fazer o cadastramento no sistema, que dispõe de um aplicativo específico, pelo qual os policiais militares realizarão o georreferenciamento das propriedades, agilizando o envio das viaturas aos pontos sensíveis.

Dividindo o Estado em quatro áreas diferentes, o programa “Campo Mais Seguro” vai fazer o monitoramento das propriedades rurais, utilizando tecnologias avançadas e contando com novos equipamentos. No plano de trabalho da Polícia Militar, o patrulhamento rural será feito em quatro áreas:

  • Área metropolitana de Campo Grande, que também compreende Sidrolândia e Ribas do Rio Pardo;
  • Comando de patrulhamento área 1 – Dourados, com os municípios de Maracaju, Nova Andradina, Amambai, Naviraí, Fátima do Sul e Ponta Porã;
  • Comando de patrulhamento área 2 – Três Lagoas, com as cidades de São Gabriel do Oeste, Paranaíba, Chapadão do Sul, Bataguassu e Coxim;
  • Comando de patrulhamento área 3 – Aquidauana, que engloba também Corumbá, Jardim e Bonito.

O objetivo, segundo o governador Reinaldo Azambuja é evitar crimes como o roubo de gado e de insumos agrícolas, por exemplo.

O crescimento do agronegócio, com a modernização e tecnificação passaram as chamar a atenção da criminalidade.

Ao todo, 27 viaturas foram adquiridas ao custo de R$ 5,2 milhões, e serão destinadas para o patrulhamento rural em quatro áreas: Área metropolitana de Campo Grande e região; área 1 de Dourados e região, área 2 atendendo a Três Lagoas, e as cidades próximas e área 3 com patrulhas de Aquidauana e região.

No lançamento do programa, realizado na Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado), o governador Reinaldo Azambuja falou da importância da sensação de segurança no campo. “Temos um Estado que se modernizou muito. O agronegócio tem crescido, principalmente com novos equipamentos e tecnologias, sistemas digitalizados, máquinas com piloto automático e antenas digitais de GPS. Tudo isso desperta o olhar do crime. Então, treinar e ter uma equipe especializada para monitorar essa situação diminui a pressão dos roubos no campo”, disse.

O secretário de Justiça e Segurança Pública, Antônio Carlos Videira, explicou que o cadastramento é fundamental para o funcionamento do programa. “Mato Grosso do Sul está ampliando a segurança no campo nas formas preventiva e repressiva, com o cadastramento de propriedades, maquinários, implementos e trabalhadores. Tudo será rastreado através da tecnologia embarcada nas viaturas para que a gente continue sendo referência nacional em segurança pública”, pontuou.

Dentro do programa “Campo Mais Seguro – Policiamento Rural”, a Polícia Militar recebeu 27 viaturas para fazer o patrulhamento. O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Marcos Paulo Gimenez, contou como será realizado o trabalho. “Temos o Estado dividido em quatro grandes áreas (Campo Grande, Dourados, Três Lagoas e Aquidauana) e o objetivo é que a implantação desse programa seja de forma automática para todos os municípios. Por mais que hoje temos 20 deles sendo agraciados com viaturas, temos capacidade para atuar no Estado todo”, afirmou.

Produtores mais seguros

Presidente da Famasul, Marcelo Bertoni falou da segurança que o patrulhamento vai oferecer: “principalmente em certos períodos do ano onde a gente tem um grande fluxo de defensivos e outros produtos que são muito caros. Esse acompanhamento e monitoramento é algo a mais que traz segurança aos produtores e famílias que moram no campo. Isso tudo sem custo ao produtor. Que ele tenha a consciência de fazer o cadastro para ter o rastreamento das estradas e maior agilidade para chegar à propriedade se caso houver necessidade de ser acionada a patrulha rural”.

O presidente do Sindicato Rural de Campo Grande, Rochedo e Corguinho, Alessandro Coelho, aprovou a iniciativa da patrulha. “O setor sofre com furtos, roubos e sequestros dentro das propriedades, o que é muito prejudicial e causa insegurança no campo. Isso dificulta todo o processo, inclusive de contratações nas fazendas. Acreditamos que a patrulha irá trazer uma paz e tranquilidade muito grande, o produtor precisa entender que a ideia é trazer apaziguamento, é mais ação que vem para colaborar. Só pelo fato de termos um monitoramento nas propriedades, já iremos resolver muito da questão”, disse.

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Paulo Corrêa, destacou os investimentos do Governo do Estado no programa, que se aproximam dos R$ 7 milhões. “Nunca foi investido tanto recurso no campo de Mato Grosso do Sul como tem sido feito pelo governo de Reinaldo Azambuja. Dentro da nossa casa (Famasul), estamos recebendo um governador que é do campo, entende a logística e a forma de trabalhar. Entende o problema e faz acontecer”, pontuou.

Também participaram do lançamento os secretários Eduardo Riedel (Infraestrutura), Jaime Verruck (Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar) e Ana Nardes (Administração e Desburocratização), além deputado federal Luiz Ovando e dos deputados estaduais Barbosinha, Paulo Duarte e Gerson Claro.

Bruno Chaves e Katiuscia Fernandes , Subcom, Foto: Chico Ribeiro