Após mais de 130 dias submerso, barco-hotel que naufragou e matou 7 pessoas é retirado de rio no Pantanal
Após mais de 130 dias debaixo d’água, foi retirado do fundo do rio Paraguai, nesta terça-feira (1º), em Corumbá (MS), o barco-hotel ‘Carcará’, naufragado em 15 de outubro após uma tempestade na região. Ainda não foi definido o que será feito com a estrutura que restou.
Foram mais de 20 pessoas envolvidas no resgate da embarcação que ficou danificada e submersa após o acidente. Cerca de 120 metros de cabos de aço foram utilizados para desvirar o barco com a ajuda de rebocadores e depois transportá-lo até a cidade.
Todo o processo de retira foi autorizado pela Marinha, que acompanha o caso, por meio da Capitania Fluvial, com processo administrativo e investigações. A embarcação tem seis metros de altura e 23 metros de comprimento.
O processo de remoção do barco foi iniciado em 1º de dezembro, 47 dias depois do naufrágio. Conforme um dos representantes da Associação Amigos do Rio, proprietária da embarcação, a tarefa era “bem complexa”.
Relembre o caso
No dia 15 de outubro, 21 pessoas estavam a bordo do barco-hotel Carcará, a maioria turista do estado de Goiás. O grupo pescava em Corumbá e confraternizava no momento em que um vendaval atingiu a região e fez o barco afundar. Ao todo, 14 pessoas foram resgatadas e sete morreram.
De acordo com a Polícia Civil, 12 homens – entre parentes e amigos – estavam no Pantanal desde o dia 9 de outubro. Eles contrataram a embarcação no Porto Limoeiro e saíram para pescaria, com mais nove tripulantes.
Quando se aproximavam da cidade de Corumbá e no momento que faziam um churrasco, os ventos ficaram fortes e a embarcação virou. Outros 17 municípios de Mato Grosso do Sul também foram atingidos pelo temporal.
Quando o barco virou, 14 pessoas conseguiram nadar e foram resgatadas por um navio do Exército Brasileiro que passava por lá no momento. Entre as vítimas estava o comandante do barco, Vitor Celestino Francelino, de 64 anos, que comandava a embarcação há cerca de 20 anos.
Por Rafaela Moreira, g1 MS