Vídeo: Onça criada como “cachorro” é resgatada após matar gado em fazenda do MT

Uma onça criada como animal de estimação em uma fazenda na zona rural de Cáceres (MT), foi resgatada pela Polícia Militar Ambiental , nessa quinta-feira (03), após passar a atacar e matar o gado da propriedade.

De acordo com o site UOL, o proprietário foi quem pediu ajuda, pois o felino estava entrando na fase adulta, começando a matar o gado da fazenda.

Além disso, ele temia pela segurança das crianças e trabalhadores do local. Os militares ficaram surpresos ao ver que “marruá”, como é chamada, entrava na residência e deitava no sofá como um animal de estimação.

A onça apareceu na fazenda durante as queimadas no Pantanal, quando perdeu a mãe para as chamas. Por estar sozinha e debilitada, os trabalhadores do local decidiram cuidá-la e alimentá-la.

“O pessoal da fazenda achou e resgatou. Lá é muito grande, muito longe e de difícil comunicação. Foram alimentando ela para não morrer de fome. Foi sendo criada sempre solta, com os gatos, cachorros e seres humanos”, conta o PM do Juizado Volante Ambiental, Daniel Silva Mendes, que participou do resgate. Antonio Bispo

Entretanto, ao sair da fazenda para se alimentar, Marruá ficava até três dias sumida, mas sempre voltava para o local.

Mesmo criada como um pet, a onça já estava pesando cerca de 86 kg. Ela não apresentava sinais de maus-tratos e não ficava presa em cativeiro na fazenda.

“Em nenhum momento ela foi criada em cativeiro, cercada ou colocada em corrente. Estava muito bem tratada, por sinal. Se ela fosse embora e não voltasse, seria coisa da natureza, mas ela voltava”, diz.

Quando os funcionários perceberam que Marruá estava atacando o rebanho, o proprietário do local decidiu entrar em contato com a Polícia Militar, que acionou a Sema (Secretaria Estadual de Meio Ambiente).

“A Sema entrou em contato com a Ong Nex No Extinction, referência em Goiás para cuidar de felinos, e fazem o trabalho para reinserir o animal no habitat. Eles propuseram ir a Cáceres para pegar a onça”, conta.

Ao chegarem na fazenda, encontraram marruá andando livremente pelo local, ao lado de um dos funcionários da propriedade.

“Nunca vimos uma onça-pintada mansa. Ele [o trabalhador do local] só falou: fica parado que ela vai cheirar você. Ela cheirou e pronto, ficou igual gato, brincando, roçando nas pernas”, explica.

Os funcionários da fazenda já estavam tão apegados a Marruá, que Daniel conta que sentiu que eles ficaram tristes quando o animal precisou ser levado.

“Ela era praticamente um animal de estimação; eles tinham muito carinho por ela. A esposa do caseiro chegou a ficar com os olhos lacrimejando. Isso é sinal de que ela foi bem tratada”, pondera.

 

 

*Top Mídia News – Antonio Bispo