A julgar pelos números apresentados até o momento, o estado do Rio Grande do Sul mais o estado de Santa Catarina deverão importar, neste ano de 2022, cerca de 7.922.032 toneladas de milho para atender às necessidades da sua demanda interna. Serão 5.426.032 toneladas para Santa Catarina e 2.496.000 toneladas para o Rio Grande do Sul, segundo levantamentos realizados pelo Departamento de Análise da TF Consultoria Agroeconômica.
“A expectativa inicial da safra gaúcha de milho para 2022 era de uma produção ao redor de 4 ou 5 milhões de toneladas, mas o estado não deverá colher mais do que 2,5 milhões de toneladas, caracterizando, até o momento, uma quebra de pelo menos 44,4%, que, no entanto, poderá ser ainda maior”, explicam os especialistas.
“Na viagem que fizemos a Santo Ângelo, não vimos uma lavoura sequer em condições de colheita, nas Missões e apenas metade com espigas na região norte, entre Passo Fundo e Erechim. Em Santa Catarina, o levantamento apresentado pela Epagri nesta semana registra quebra de 43,7% e uma estimativa de produção não superior a 1.573.968 toneladas, para uma necessidade em torno de 7,0 milhões de toneladas, levando à conclusão de que o estado deverá importar 5.426.032 toneladas durante o ano de 2022”, contam eles.
Toda esta quebra, ressaltam os analistas da TF, está encontrando as empresas com estoques menores (apesar de negarem para não ter que aumentar o preço): “Como o Brasil teve uma quebra muito grande também na safra anterior, de 2021, não se pode dizer que o país teve estoques apropriados para esta safra, pelo menos no que se refere ao período janeiro-junho, antes da colheita do grosso da próxima Safrinha. E o Line Up de fevereiro está bem minguado de programação”.
Por: Agrolink –Leonardo Gottems