Nesta terça-feira, 19 de maio, a AMPASUL, Associação Sul-Mato-Grossense dos Produtores de Algodão publicou mais um relatório do seu Programa Fitossanitário do Algodão de Mato Grosso do Sul.
Segundo o relatório, a região sul do Estado, onde o algodão foi semeado em outubro, a colheita está concluída e conseguiram os produtores a produção recorde de 302@/ha., em caroço, em média.
No norte e nordeste do Estado são as regiões onde estão instaladas as áreas mais expressivas e o desenvolvimento do algodão está sendo considerado bom, com boa perspectiva de produção, tanto o algodão safra, como o adensado, ou segunda época.
Com as constantes chuvas que ocorrem, o apodrecimento de maçã ocorre, provocado por um fungo, mas o que mais preocupam são as doenças e as pragas, com destaque para o bicudo e a mancha alvo. Esta última, ainda não reconhecida pelas autoridades, por ter se manifestado apenas a partir da safra passada, causa grande preocupação. Até o momento não existe defensivo registrado para esta doença.
O bicudo, por sua vez continua presente nas lavouras, mas está controlado e foi tema de um workshop nacional, promovido pela ABRAPA, Associação Brasileira dos Produtores de Algodão, em Brasília, no dia 15 de maio.
Representou Mato Grosso do Sul, o coordenador do Programa Fitossanitário, Engenheiro Agrônomo Danilo Suniga de Morais e o Administrador e igualmente Engenheiro Agrônomo, Paulo Buzolin. Na oportunidade, Danilo mostrou o programa Fitossanitário da AMPASUL, a evolução e o controle do bicudo no Estado.
Segundo a ABRAPA, a situação nacional é preocupante. Praticamente todas as áreas algodoeiras do país estão infestadas. Somente os custos de controle com inseticidas têm variado de US$ 100 a US$ 300 por hectare/ano hoje em dia, decorrentes da elevação dos preços dos produtos para controle e expansão da praga pelas áreas cultivadas no Cerrado do Brasil. Os prejuízos causados pelo bicudo na produtividade da safra variam de 2% a 5%.
Foi destacada a necessidade de um trabalho de formação e qualificação profissional nas fazendas, técnico e operacional.
Quatro práticas são a base para o bom controle da praga regionalmente:
(1) calendário de plantio bem definido regionalmente;
(2) eliminação de soqueiras, rebrotas e tigueras na entressafra;
(3) rigoroso cumprimento do vazio sanitário,
(4) redução nas populações da praga na emissão do primeiro botão floral e na desfolha.
Sugestões relacionadas à infraestrutura de esquemas de aplicações regional e conjuntas por diversos agricultores simultaneamente, patrulhas mecanizadas especializadas na aplicação de inseticidas e treinamento de monitores.
Clique aqui e veja o relatório na íntegra.
Fonte: AMPASUL