Seca atinge duramente a agricultura no Paraguai
O clima seco dos últimos períodos está afetando todo o setor agrícola do cone sul do continente, incluindo algumas áreas do Paraguai, impactando no rendimento e condições das lavouras do país. A seca atinge com maior severidade os pequenos agricultores, a maioria das culturas hortícolas, feijão, mandioca, cebola, gergelim e outros; da mesma forma, as safras de renda ficam comprometidas com a prolongada falta de chuvas.
Existem relatos até mesmo de que, literalmente, as lavouras estão queimando por falta de chuvas e muito calor, e as perspectivas não são animadoras porque não há previsão de chuvas expressivas para os próximos dias. Além de que as projeções climáticas apontam para chuvas abaixo da média para os próximos três meses, sobretudo ao sul do país.
Outros fatores que agravam ainda mais a situação, é a atuação do calor intenso, os baixos índices de umidade do ar destes dias e a baixa perspectiva de chuvas significativas. No Paraguai, alguns produtores já registram perdas de soja precocemente por causa das secas em diferentes departamentos do país.
As lavouras de milho nos departamentos do sul, também estão sendo afetadas pela seca. Alguns agricultores da região receberam sementes dentro do projeto assistencial denominado “Avatiky”, mas com a falta de chuvas existe a preocupação com o rendimento final, particularmente no momento do enchimento dos grãos. Ainda mais que, de acordo com algumas projeções, a colheita do milho ocorrerá em meados de Janeiro, visto que as lavouras já se encontram no estádio de enchimento, etapa crucial para definir os rendimentos finais.
Em relação à soja, as estimativas iniciais de rendimento precoce estão entre 500 e 1.200 quilos por hectare, nas áreas afetadas pela seca. Além disso, as semeaduras médias e tardias são igualmente afetadas pela seca, embora ainda em situação incerta. E novamente as previsões não são de chuva para os próximos dias, sendo um agravante para a situação.
Em outras regiões, os grãos de soja estão perdendo qualidade industrial por apresentarem um alto percentual de sementes de baixa qualidade. Sendo este um reflexo do calor extremo e déficit hídrico. Até o momento não há solução viável e as perdas são irreversíveis nesta safra de 2021/22.
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Por: Agrolink –Eliza Maliszewski