Jogador alemão que recusou vacina, só volta aos gramados em 2022 por complicações da covid-19

O meia alemão Joshua Kimmich, do Bayern de Munique, ficará afastado dos gramados até o fim deste ano devido às sequelas provocadas pela covid-19, segundo divulgou nesta quinta-feira (9) o clube alemão. O jogador, que admitiu ter recusado receber a vacina contra a doença, sofre de “infiltrações pulmonares leves”, que o impedem de participar de treinamentos e jogos.

Kimmich, que terminaria nesta quarta-feira (8) um período de quarentena iniciado em novembro, não ficará disponível ao treinador Julian Nagelsmann e dessa forma perderá os três últimos jogos do Bayern de Munique em 2021: contra Mainz, Stuttgart e Wolfsburg, todos pelo Campeonato Alemão. Depois, o time bávaro só volta a campo em 7 de janeiro contra o Borussia Mönchengladbach.

“Estou feliz que meu auto-isolamento causado pelo coronavírus tenha terminado. Estou muito bem, mas ainda não posso treinar totalmente devido a pequenas infiltrações em meus pulmões. Portanto, farei alguns treinamento de reabilitação e mal posso esperar para estar totalmente de volta à ação em janeiro”, disse o próprio meia, em declarações publicadas no site do clube de Munique.

O jogador causou polêmica na Alemanha, no mês passado, após confirmar que não tinha sido vacinado e de afirmar ter dúvidas sobre a eficácia dos imunizantes contra a covid-19 e suas possíveis reações. O governo da Alemanha chegou a se manifestar, criticando o posicionamento de Kimmich, em meio a um aumento do número de casos de infecção e de mortes no país.

Após inúmeros apelos para que Kimmich se vacinasse, foi anunciado que o jogador entraria em quarentena por ter tido contato com uma pessoa com a covid-19. Em 24 de novembro, o meia alemão deu positivo para a infecção pelo novo coronavírus, o que fez com que perdesse jogos do Bayern de Munique, inclusive, pela Liga dos Campeões da Europa.

O clube divulgou recentemente que deixou de pagar o salário de Kimmich pelos dias em que ele não atuou por causa da quarentena, de acordo com a atual legislação para não vacinados vigentes na Alemanha. O mesmo caso aconteceu com outros jogadores do Bayern de Munique. Casos de Gnabry, Musiala, Cuisance e Eric Choupo-Moting.

Atualmente, apenas 69% da população do país conta com esquema completo de imunização, taxa inferior a de outros países da União Europeia. Por isso, a partir de fevereiro, a vacinação se tornará obrigatória no território alemão.

 

 

Fonte: Estadão Conteúdo