A Polícia Federal deflagrou, a Operação Geminus, para desarticular organização criminosa dedicada ao transporte de cocaína do Mato Grosso do Sul para o Rio Grande do Sul. O esquema consistia em esconder a cocaína em caminhões, a partir da região de fronteira de Mato Grosso do Sul, e enviar para uma propriedade rural em Viamão (RS), de onde era distribuída para traficantes locais. Estima-se que o grupo movimentou 5 toneladas de cocaína no período de um ano.
Policiais federais cumpriram 11 mandados de prisão preventiva e 29 de busca e apreensão nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. Também foram executadas ordens judiciais para o sequestro de 52 imóveis e de 70 veículos, entre automóveis, jet skis, caminhões, carretas e tratores, e o bloqueio de valores em contas bancárias de 33 pessoas físicas e jurídicas envolvidas.
O grupo seria composto por integrantes de uma mesma família, que atraíram a atenção pelo alto padrão de vida e aumento considerável de patrimônio em curto tempo. Os valores obtidos com o tráfico de drogas eram inseridos na economia formal através de simulação de prestação de serviço de transporte. Além disso eles usavam uma fazenda localizada em Deodápolis (MS), com valor estimado em R$ 10 milhões, onde diziam produzir grãos e criar gado.
As notas fiscais eram emitidas sem nem um pé de soja ou milho ter sido plantado. A fazenda foi apreendida na operação. A atividade agropecuária de fachada também envolvia a compra de gado. Os bens a serem sequestrados estão estimados em R$ 50 milhões. A operação recebeu o nome de Geminus, porque a organização criminosa é comandada por dois irmãos gêmeos idênticos, um estabelecido em Viamão (RS) e o outro em Deodápolis MS.
Agrolink –Eliza Maliszewski