Empresários de Três Lagoas neste momento estão fazendo um protesto na BR-262, na divisa com São Paulo, para chamar a atenção para a dívida de R$ 20 milhões deixada pelos Consórcio UFN 3, responsável pela construção da fábrica de fertilizantes da Petrobras. Os empresários fecharam a rodovia no acesso SP/MS, não deixando ninguém passar. O protesto começou por volta das 06h30.
Segundo o presidente da Associação Comercial e Industrial de Três Lagoas e vice-presidente da FAEMS, Atílio Carlos D’agosto, mais de mil trabalhadores perderam seus empregos diante da crise e, ainda esse mês, muitas empresas devem decretar falência na cidade. “Esse empreendimento da Petrobras é de suma importância para o país, já que a expectativa de produção deverá atender cerca de 50% da América Latina com o fornecimento de nitrogenados, mas tamanha dívida está quebrando o setor empresarial do município”.
O contrato com o consórcio foi rompido no fim do ano passado e o pagamento dos funcionários foi feito diante de ação judicial. Porém, os impactos econômicos da dívida deixada pelo consórcio continuam em vários setores.
“Empresas de maquinários, concreto, transporte, rede hoteleira, setor alimentício e banheiros químicos são apenas alguns dos fornecedores sem receber. Muitas pessoas perderam seus empregos, já que o comércio e indústria estão em crise”, avalia o empresário Jair Panucci, proprietário de uma fábrica de concreto afetada pela dívida.
A liberação do tráfego está prevista para as 12h, mas caso não ocorra nenhuma negociação, os empresários poderão sair do local e fechar outro trecho de uma das rodovias de acesso a Três Lagoas.