O prefeito interino Gustavo Sprotte (DEM) venceu a eleição suplementar para o cargo de chefe do executivo em Bandeirantes – distante a 70 km de Campo Grande.
Gustavo é do DEM e era apoiado por grandes nomes no Mato Grosso do Sul, como a Ministra de Agricultura Tereza Cristina (DEM) e a deputada federal Rose Modesto (PSDB), que não deu apoio a própria candidata do os tucanos, Zulene Diniz.
A apuração das urnas foi rápida e às 17h35, Gustavo Sprotte já estava a frente da adversária com 1.464 votos e 35,57% dos votos.
Em um vídeo publicado no Facebook, o prefeito interino agradeceu a vitória e disse que é um feito pela população. “Essa vitória é de vocês, agradeço aos cidadãos de Bandeirantes e vocês confiaram em mim e na minha vice Gediana Rocha [PTB]”, falou.
Eleições
Após impugnação do mandato de Álvaro Urt (DEM), acusado de improbidade administrativa e disputou a eleição em sub judice, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinou a implementação de uma nova eleição no município, onde a rixa política entre os candidatos do DEM e do PSDB, após um dos filiados do Democratas reforçar apoio a candidata dos tucanos.
Em meio a falta de apoio do ex-prefeito Álvaro Urt (DEM), o prefeito interino Gustavo Sprotte reforçou como a campanha foi dividida politicamente.
“A eleição suplementar aqui em Bandeirantes está sendo marcada por uma divisão política muito expressiva, pois temos um membro do DEM apoiando a candidata concorrente. Temos o apoio íntegro de todo o partido e da ministra Tereza Cristina e não nos abalamos por conta disso”, destacou.
Crimes eleitorais
Conforme a Polícia Civil, até o momento foram contabilizados três crimes eleitorais no município.
No primeiro, uma mulher portava o título de eleitor de outra pessoa e tentava votar em nome, foi presa em flagrante por crime eleitoral previsto no art. 309 – Votar ou tentar votar mais de uma vez, ou em lugar de outrem.
Já no segundo, o eleitor tirou foto da urna eletrônica e foi encaminhado a delegacia de Polícia Civil, sendo detido pelo crime eleitoral previsto no artigo 302, constando fraude na votação.
O terceiro foi enquadrado em vias de fatos, por embriaguez e briga de um casal na zona eleitoral.
Anulação do mandato
Reeleito em sub judice, o ex-prefeito de Bandeirantes, Álvaro Urt (DEM) teve o mandato cassado pela Câmara Municipal em 2020, após ser alvo de uma operação do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO), denominada Sucata Preciosa.
Denunciado e acusado de fraudes em licitação de obras, Urt é réu em uma ação civil por improbidade administrativa e que também indica uma possível violação ao princípio da impessoalidade na divulgação de atos do município.
No texto do processo, o Ministério Público mostrou o uso indevido da página da Prefeitura de Bandeirantes em uma rede social, onde Urt utiliza para se promover.
Eleições suplementares
Conforme o Tribunal Regional Eleitoral, as eleições suplementares ocorreram em três cidades do MS. Após a impugnação das candidaturas, a primeira foi em Sidrolândia, em junho deste ano, a segunda foi em Paranhos, no dia 3 de outubro e a última foi em Bandeirantes, neste domingo (7).
Um levantamento feito pelo TRE aponta os gastos realizados em pleitos suplementares, como R$ 99.784,79 em Sidrolândia, R$ 78.198,70 em Paranhos e R$ 18.327,70, em Bandeirantes.
Conforme o TRE, o menor custo de Bandeirantes se deve ao aproveitamento das estruturas anteriores e prioriza o custeio dos servidores, como gasolina, alimentação, entre outros.
Ao todo, as eleições suplementares nos três municípios do MS custou R$ 196.311,19 aos cofres públicos.