Gasolina nas alturas, com o diesel e o etanol acompanhando os seguidos aumentos que encarem não apenas os deslocamentos do cidadão em seu dia a dia, mas toda a cadeia de produção e logística da economia brasileira, tornando os produtos mais caros e apertando o orçamento das famílias aos quatro cantos do País.
Custando quase R$ 6,50 em Campo Grande e mais do que isso em alguns locais do Estado como em Chapadão do Sul que se aproxima dos 7 reais , a gasolina voltou a entrar em pauta nos assuntos familiares e até nas discussões políticas devido ao seu custo elevado em qualquer lugar.
Assim, a Paraná Pesquisas fez pesquisa de opinião para confirmar a partir de critérios científicos o que já corre na boca miúda: você diminui a frequência de utilização do seu veículo particular, seja carro ou moto, devido ao aumento dos combustíveis? E a resposta mais ouvida foi um sonoro sim, de 62,5% dos entrevistados.
Realizada a partir de uma amostra de 2,3 mil habitantes em entrevistas telefônicas com pessoas a partir de 16 anos, em 26 estados e 208 municípios, entre 12 e 15 de outubro, a pesquisa possui grau de confiança de 95% e margem de erro de 2%.
O índice que respondeu sim representa quase 2/3 dos entrevistados, e se reflete com pouca diferença entre homens e mulheres – respectivamente 61,2% e 63,9%. As faixas etárias que mais “pisaram no freio” no uso dos veículos próprios está entre os 25 e 34 anos, com 69,8% de respostas positivas para a pergunta feita.
Apenas a faixa etária de 16 a 24 e os acima dos 60 apresentaram índice inferior aos 60%, mas ainda assim todos eles são maioria. Já na análise por grau de instrução, 66,8% dos que possuem Ensino Fundamental afirmam que reduziram o uso de veículos particulares por causa do aumento do preço dos combustíveis.
Já a faixa dos que possuem Ensino Médio, responderam sim à pergunta da Paraná Pesquisas em 61,4% das vezes, enquanto os com grau de instrução Superior ficaram na marca dos 59,1%. A pesquisa está registrada no Conselho Regional de Estatística da 1ª, 2ª, 3ª, 4ª, 5ª, 6ª e 7ª região, sob o número 3122/21.
Regionalizado – O estudo também levou em consideração a regionalização dos dados. Não foram divulgados números por estados, mas pelas regiões administrativas do País: Norte, Sul, Sudeste e Nordeste, além de Norte e Centro-Oeste – estes últimos juntos.
A estratificação das regiões Norte e Centro-Oeste aponta que nessas duas áreas brasileiras 61,2% reduziram o uso dos veículos próprios por causa da alta nos preços da gasolina, etanol e diesel. Já no Nordeste, esse número foi de 60%, seguidos de 63,4% e 66,3% nas regiões Sudeste e no Sul do País, respectivamente.
Por Nyelder Rodrigues,Campo Grande News