Lideranças do MDB avaliam aliança com Rose no União Brasil

Waldeli dos Santos Rosa tem seu nome cogitado para ser vice

 

Desde que disputou o segundo turno das eleições pela Prefeitura de Campo Grande em 2016, ganho pelo atual prefeito Marquinhos Trad (PSD), a deputada federal Rose Modesto (PSDB) quer voltar a disputar uma eleição majoritária.

Agora, Rose só não será candidata a governadora de Mato Grosso do Sul nas eleições de 2022 se não quiser. Como seu partido já tem o secretário Eduardo Riedel (Infraestrutura) como pré-candidato à sucessão do governador Reinaldo Azambuja, outras siglas estão abrindo espaço para uma possível candidatura da parlamentar.

O mais recente convite é do União Brasil, feito pela senadora Soraya Thronicke, cotada a comandar no estado a sigla que está sendo criada com a fusão DEM-PSL. Com o andar dessas articulações, lideranças do MDB, que tem como pré-candidato o ex-governador André Puccinelli, já avaliam ter Rose na chapa majoritária em uma eventual aliança.

A primeira opção cogitada pelos emedebistas seria uma chapa encabeçada por André, com Rose de vice pelo União Brasil, partido que nasce forte, com a maior bancada da Câmara dos Deputados, o que significa maior tempo de rádio e TV e de verba partidária. Caso Puccinelli decline da candidatura, a segunda opção seria apoiar Rose para governadora pelo União, indicando um vice.

Um nome cogitado neste caso é o de Waldeli dos Santos Rosa, que foi prefeito por quatro mandatos de Costa Rica. Consultado, o ex–prefeito não quis se adiantar sobre o assunto, mas fez questão de elogiar a parlamentar tucana. “A deputada Rose modesto é um ótimo nome para chapa majoritária em Mato Grosso do Sul. Tê-la junto com o MDB seria muito bom para política sul-mato–grossense”, respondeu Waldeli, sem querer se alongar em torno das especulações dessa hipotética aliança.

Nas últimas eleições para governador, em 2018, quando ainda era prefeito, Waldeli chegou a ser cotado como “plano B” do MDB para governador, porém, André decidiu sair candidato e Waldeli não deixou a tempo o cargo de prefeito para poder disputar as eleições.

A candidatura do ex-governador acabou abortada com sua prisão pela Operação Lama Asfáltica. Sem seu principal nome, o partido primeiro optou por lançar a senadora Simone Tebet em evento realizado no Clube Nipo-Brasileiro, em Campo Grande. Ela, entretanto, desistiu da candidatura poucos dias depois e o partido lançou de última hora o ex-deputado estadual Junior Mochi, que ficou em terceiro lugar no primeiro turno. A eleição terminou com o governador Azambuja sendo reeleito para o segundo mandato, atual, em um segundo turno disputado contra o juiz aposentado Odilon de Oliveira, então filiado no PDT.

O Estadão