Lançada campanha nacional de combate à sífilis, e, Chapadão do Sul conta com testes rápidos e gratuitos

O Ministério da Saúde (MS) lançou ontem (14) nova edição da Campanha Nacional de Combate às Sífilis, reunindo ações para promover o diagnóstico precoce e fortalecer o tratamento de pacientes com a doença.

A sífilis é uma IST – Infecção Sexualmente Transmissível, que pode gerar graves riscos à sua saúde. O teste é rápido, prático, totalmente gratuito e está disponível nas seis ESF’s de Chapadão do Sul.

“As gestantes têm que testar para sífilis nos três trimestres. Mesmo que a mulher se trate, ela pode se contaminar novamente. É importante não só a gestante procurar o teste como tratar adequadamente, com penicilina”, destacou o secretário de Atenção Primária à Saúde, Raphael Câmara, durante o lançamento da campanha. Ele ressaltou que os parceiros também precisa ir ao pré-natal e procurar o teste. “É uma proteção para ele, para a parceira e para o bebê. Se tiver sífilis, a criança pode nem nascer ou nascer com sequelas”, disse Câmara.

Situação brasileira

No ano passado, foram registradas 115,3 mil pessoas que contraíram sífilis. Dessas, 61,4 mil eram gestantes e 22 mil eram crianças que contraíram a doença na modalidade congênita. Sobre a sífilis adquirida no conjunto da população, houve crescimento na década de 2010, com pico em 2018 e redução nos últimos anos.

Os estados do Sul e do Sudeste foram os que registraram maior incidência da doença. Quanto à taxa por 100 mil habitantes, entre 2010 e 2020, as unidades da Federação com os maiores índices foram Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Rio de Janeiro e Mato Grosso do Sul.

Nesse período, as faixas etárias com maior incidência foram as de 20 a 29 anos e de 30 a 39 anos. Em termos de escolaridade, os principais percentuais foram os de pessoas com ensino médio completo e fundamental completo.

Quanto à sífilis em gestantes, o Rio de janeiro foi estado com maior taxa em 2020, seguido por Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Acre e Sergipe. Na modalidade da sífilis congênita, os estados com as maiores taxas de incidência em 2020 foram Rio de Janeiro, Sergipe, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte e Tocantins.

Ações

Entre as ações desenvolvidas pelo Ministério da Saúde para combater a doença, o secretário Arnaldo de Medeiros citou a distribuição, em 2020, de 8,6 milhões de testes rápidos para o diagnóstico dessa condição, de 1,1 milhão de frascos-ampola de penicilina benzatina, para sífilis adquirida, e de 46 mil frascos-ampola de penicilina cristalina, para sífilis congênita.

Medeiros afirmou que não há problema de falta de remédio para tratamento da doença. “Não podemos falar em deficiência de penicilina em nosso país. Tem penicilina suficiente no nosso país, e precisamos cada vez mais fortalecer a capacitação para dar o tratamento adequado”, declarou o secretário.

 

Com informações Agência Brasil