O governador Reinaldo Azambuja disse que está fora dos planos, ao menos por enquanto, retirar a obrigatoriedade do uso de máscaras em Mato Grosso do Sul, apesar dos altos índices de vacinação. Ele afirmou que a medida ainda se faz necessária uma vez que pandemia não acabou e 82% dos óbitos por Covid-19 são de pessoas não vacinadas.
Reinaldo participou, na manhã desta segunda-feira (4), de evento no teatro do Paço Municipal de Campo Grande. Na ocasião, disse que o uso de máscara será mantido para que não haja tropeços como em outros países que retiraram a obrigatoriedade, viram o número de infectados aumentar e tiveram que voltar atrás.
“Ainda é cedo. A saúde tem suas nuances e temos que respeitar o que vem da ciência”, afirmou. No que diz respeito à retomada de grandes eventos, o governador disse que o estado caminha para voltar à normalidade, mas que isso não significa abrir mão de medidas de prevenção. “É melhor continuar usando [a máscara] independente do índice de vacinação”.
Passaporte de vacinação
Em discussão desde que os eventos foram liberados, o passaporte ainda não é obrigatório em Mato Grosso do Sul, mas tudo depende do controle do avanço da pandemia e das decisões do Prosseguir (Programa de Saúde e Segurança na Economia). “Na Saúde, as tomadas de decisão são feitas pelo Prosseguir, que não é unânime. Tivemos discordâncias em relação ao passaporte, se sim ou se não, e o Prosseguir entendeu que não, mas isso não quer dizer que não possa ter adiante”, pontuou o governador.
Ele lembrou ainda que a SES (Secretaria de Estado de Saúde) realiza busca ativa por moradores que ainda não se vacinaram ou que não tomaram a segunda dose. “82% dos óbitos são de pessoas que não tomaram a vacina. Está comprovado que a vacina é o antídoto”. Conforme a SES, 58,82% dos sul-mato-grossenses já foram vacinados e 3.756.217 doses foram aplicadas.
*Renan Nucci e Mayara Bueno, MIdiamax