“Todo mundo gostava dela”, diz mãe de jovem assassinada em Chapadão do Sul
Além da dor da perda, familiares da estudante Karen Maria Ribeiro Zacarias, de 19 anos, lidam com a angústia de não saberem quais as circunstâncias que levaram a morte da jovem, em Chapadão do Sul, cidade a 321 quilômetros de Campo Grande. Karen foi encontrada morta com tiro na cabeça em um cômodo, nos fundos de uma residência no Bairro Sibipiruna.
“A polícia está investigando, mas ainda não sabemos de mais detalhes,”, resume a mãe da vítima, a gerente financeiro Maria Adriane Ribeiro, de 41 anos. Enquanto espera por justiça, Maria lembra com saudade da filha que se foi tão jovem. “Ela era uma pessoa alegre, que todo mundo gostava, uma pessoa maravilhosa”, diz aos prantos, logo após o velório de Karen na tarde deste domingo (03).
Segundo Maria, a filha iria se mudar do local onde foi encontrada morta, neste sábado (02). Karen cursava serviço social e estava morando no endereço da Rua Londrina, a cerca de uma semana, depois de ter saído da casa humilde onde vivia com os avós e dois irmãos. “Já estava tudo certo ela ia morar com um primo na casa do avô. Eu já havia avisado ela que a casa ia ser desocupada, mas daí aconteceu isso”, conta.
O primo, por sinal, foi quem encontrou a jovem morta após ser procurado por um suposto namorado de Karen, traficante na cidade, e quem pediu para que ele a procurasse, após ficar sem contato. No entanto, segundo Maria a filha não tinha namorado. “Até onde eu saiba ela não estava namorando, estava sozinha”, completa. Maria também relata que a filha não tinha inimigos ou desavenças que pudessem ter resultado no crime.
O caso – A suspeita da polícia é de que o crime tenha sido cometido entre a noite de sexta-feira (01) e madrugada de sábado (02). Segundo registro da ocorrência, a jovem estava no colchão jogado no chão e havia poça de sangue na cabeça. A perícia constatou perfuração, provavelmente provocada por tiro. Também foi encontrado projétil danificado de revólver calibre 38.
O primo de Karen disse que foi até a casa da jovem depois de não receber respostas das mensagens enviadas e, também, atendendo pedido do namorado dela, traficante conhecido como “Caveira”. À polícia, os tios de Karen, que moram a duas casas de distância, contaram ter ouvido barulho muito alto vindo da direção da casa da jovem, por volta da meia-noite, e acreditam que tenha sido o disparo.
No boletim de ocorrência, também consta o relato de uma amiga, que disse ter falado com Karen pela última vez às 21h52, pelo WhatsApp, no dia 1º. O caso foi registrado, inicialmente, como homicídio simples.
Por Adriano Fernandes – CAMPO GRANDE NEWS