Mulher furta objetos em universidade de MS, vende eles e usa dinheiro para colocar silicone
Uma mulher de 24 anos é suspeita de furtar equipamentos da universidade em que trabalhava, em Aquidauana, no oeste de Mato Grosso do Sul, vender os objetos e usar o dinheiro arrecadado para colocar silicone nos seis e ainda fazer uma abdominoplastia.
Segundo a polícia, a suspeita era funcionaria de um polo universitário de ensino à distância (EaD) de uma instituição privada no município. O furto somente foi descoberto na quarta-feira passada (22), quando um aluno foi até o local para obter uma assinatura e iniciar um dos cursos, mas encontrou a unidade fechada e sem nenhum equipamento.
O aluno acionou então a central da universidade em Barra do Garça, no Mato Grosso. A instituição enviou uma outra funcionária ao local e descobriu que o polo estava fechado e todos os equipamentos eletrônicos, de computadores a câmeras de segurança, além mesas, um bebedouro, um ventilador, um balcão, um aparelho de telefone e até mesmo banners haviam desaparecido.
A universidade entrou em contato com a suspeita, que insistiu que o polo estava em “pleno funcionamento”, o que foi novamente desmentido pela outra funcionária, que havia estado no local. A Polícia Civil foi acionada e um boletim de ocorrência foi registrado.
Contradições no depoimento
Apontada como suspeita, a funcionária que trabalhava no polo foi localizada pelo Serviço de Investigações Gerais (SIG) da primeira delegacia de Polícia Civil de Aquidauana. No primeiro depoimento ela negou o crime. Disse que o vínculo de trabalho com a universidade era informal e que havia se desligado da instituição.
Após a dispensa, há dois meses, falou que passou por cirurgias e não retornou ao polo, porém, teria ficado com a chave do local. Ainda no depoimento, a suspeita comentou que teria sido convidada a voltar a prestar serviço para a universidade.
Questionada sobre a mobília e aparelhos eletrônicos existentes no local, ela teria dito que não tinha conhecimento do destino dos objetos, já que teria feito as cirurgias e que o polo, provavelmente, mudaria de endereço.
Dois dias depois, na sexta-feira (24), a polícia a intimou novamente e a suspeita apresentou outra versão. Disse que havia sido orientada pela coordenadora do polo a vender a mobília e os equipamentos. No entanto, disse que teria repassado o dinheiro à universidade.
Quando os policiais disseram que as pessoas que compraram os itens seriam intimados a depor ela mudou novamente a versão.
A suspeita disse que a coordenadora do polo falou que o dinheiro dos objetos seriam o “acerto” pelo tempo de trabalho dela. A polícia descobriu, entretanto, que a suspeita tinha recebido duas transferências bancárias como pagamento pelo serviço prestado e não havia nenhuma pendência de pagamento.
Confissão
Após ser questionada pelas várias versões contraditórias, a mulher confessou o crime. Disse que teve uma emergência financeira, furtou e vendeu os objetos. O dinheiro, conforme ela, teria sido usado para o pagamento de despesas pessoais e de um de seus filhos, que tem problemas de saúde.
A polícia descobriu, entretanto, que somente uma parte da confissão da suspeita era verdadeira. Que do dinheiro obtido com a venda dos equipamentos e do mobiliário, cerca de R$ 30 mil, foram utilizados para que ela colocasse próteses de silicone nos seis e fazer uma abdominoplastia.
Além da suspeita, a polícia identificou as pessoas que compraram os produtos furtados. Todas foram intimadas para prestar depoimento sobre o caso.
Como não houve flagrante, após ser indiciada por furto qualificado, com pena de 2 a 8 anos de prisão, em caso de condenação, a suspeita foi liberada.
Por Graziela Rezende, g1 MS