Arábia Saudita mostra que não existe limites para agricultura
Um deserto em tons de verde Ao longo das ultimas três décadas, a Arábia Saudita esteve explorando um recurso mais valioso que o petróleo. Engenheiros e fazendeiros têm aproveitado reservas de água ocultas para plantar grãos, frutas e legumes no deserto. A série de imagens em falsa cor acima mostra a evolução das operações agrícolas na bacia de Wadi As-Sirhan, fotografada por satélites em 1987, 1991, 2000 e 2012. As imagens foram captadas por sensores semelhantes – o Thematic Mapper e o Enhanced Thematic Mapper Plus – em três satélites Landsat diferentes (4, 5 e 7). Cada um dos campos nas imagens tem 1 quilômetro de extensão e utiliza irrigação de pivô central. Os sensores dos satélites Landsat captaram a luz refletida pela Terra nos espectros curtos – infravermelho, infravermelho próximo e verde.
Os árabes alcançaram essas fontes subterrâneas escavando poços através da rocha sedimentar, chegando a escavar um quilômetro abaixo da areia do deserto. Embora ninguém saiba quanta água há por sob o deserto – as estimativas vão de 252 a 870 quilômetros cúbicos – hidrólogos acreditam que a extração só será viável por cerca de 50 anos.
A média de precipitação pluvial é de 100 a 200 mm por ano, e ainda assim geralmente não renova os aquíferos subterrâneos, fazendo deles uma fonte não renovável. Em 2006, o país tinha 2.4 km cúbicos de fontes renováveis de água doce na superfície, de acordo com a Food and Agricultural Organization. O consumo humano, industrial e agrário era de 23.7 km cúbicos ao ano. O volume de água usado para a agricultura no deserto triplicou de cerca de 6.8 km cúbicos in 1980 para cerca de 21 km cúbicos em 2006.
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