23,2% da produção estimada da oleaginosa safra 2021/22 está comprometida comercialmente
A comercialização da safra 2020/21 da soja brasileira chegou a 87% até o último dia 3 de setembro, de acordo com levantamento realizado pela Consultoria DATAGRO. Segundo os analistas, as vendas avançaram pouco em agosto, apenas 2,7% ante o relatório anterior.
O incremento ficou abaixo dos 4,6% do padrão normal de avanço para a data. A DATAGRO aponta que a comercialização para essa época está quase dez pontos percentuais abaixo dos 96,6% do recorde de avanço da safra 2019/20, bem como da média de 88,3% de 5 anos para o período.
“O movimento limitado confirmou nossa expectativa, apesar de nova elevação nas cotações, refletindo o fato de que a safra já está fortemente vendida, pelos preços ainda distantes das máximas do ano, e da ausência de necessidade de venda por parte dos produtores”, ressalta o coordenador de Grãos da DATAGRO, Flávio Roberto de França Junior.
De acordo com a DATAGRO, considerando a previsão atual de produção da safra 2021 – mantida em 136,97 milhões de toneladas – os sojicultores brasileiros têm um total compromissado de 119,10 mi de t. Em igual período do ano passado, esse volume de produção negociado estava em 123,84 mi de t.
SAFRA 2021/22
Ainda segundo a Consultoria, 23,2% da produção estimada da oleaginosa safra 2021/22 está comprometida comercialmente: “Esse fluxo está aquém dos 25,0% da média para 5 anos e bem abaixo dos 46,7% do recorde anterior ocorrido em igual momento de 2020”.
“Segundo a projeção preliminar, que considera área maior em 4%, clima razoavelmente regular e produtividade dentro da normalidade, a safra brasileira do próximo ano tem potencial para atingir 144,07 mi de t, sendo assim, teríamos 33,49 mi de t comercializadas antecipadamente, volume muito inferior aos 63,96 mi de t dessa mesma época em 2020”, conclui a DATAGRO.
Agrolink –Leonardo Gottems