Caminhoneiros liberam rodovias em MS
Caminhoneiros que bloqueavam rodovias de Mato Grosso do Sul como forma de protesto liberaram as vias na noite de ontem (9).
Nesta manhã (10), há poucos manifestantes nas BR-262, em Três Lagoas (KM 4), e BR-163, em São Gabriel do Oeste, (KM 614). Em ambos há apenas concentração dos caminhoneiros e o trânsito flui normalmente.
As manifestações se baseavam no voto impresso, fechamento do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Congresso Nacional. Contudo, os bloqueios perderam a força em todo país após declaração do presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido).
No documento, Bolsonaro ele afirma nunca “intenção de agredir quaisquer dos Poderes”, e que a harmonia entre eles é uma determinação constitucional.
Fala bem diferente das dos atos do dia 7, em que chamou o ministro Alexandre de Morais de “canalha”, e afirmou que iria “enquadrar” os ministros do Supremo. Também afirmou que não cumpriria as decisões de Moraes.
Na tarde de ontem, os trabalhadores interditaram três rodovias e se concentraram em vários pontos.
Conforme informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF) ficaram bloqueadas a BR-158 km 91 e BR-158 km 95 (Paranaíba) e BR-163 km 117 (Naviraí), com pare e siga.
Já os pontos de concentração foram na BR-158 km 339 (Brasilândia); BR-163 km 614 (São Gabriel do Oeste) e BR-262 km 4 (Três Lagoas). Nesses locais o trânsito fluía normalmente.
Por fim, a BR-163 km 38 (Eldorado) e a BR 163 km 290 (Douradina) foram interditadas.
Conforme disse o presidente do Sindicato dos Caminhoneiros Autônomos de Mato Grosso do Sul (Sindicam-MS), Osny Bellinatti, não havia caminhoneiros autônomos na paralisação, e sim os que pertenciam a empresas.
“Esses donos de empresa, esses MEI estão revoltados, então eles ficam fazendo isso. O caminhoneiro autônomo está andando, está feliz, está pagando as contas. Quem está lá são donos de cooperativa e dono de empresa. As empresas estão promovendo bagunça”, ressaltou.
Indígenas
Ainda ontem, indígenas interditaram com ‘pare e siga’ a BR-163 km 303 e BR-163 km 308 (Rio Brilhante); BR-463 km 53 (Ponta Porã) e BR-267 km 360 (Maracaju).
A BR-163 km 26 (Mundo Novo) ficou apenas com ponto de concentração.
Contudo, às 16h45 todos os pontos já haviam sido liberados.
A ação se deu como forma de manifesto contra o Projeto de Lei 490/2007, que se trata do marco temporal em demarcações de terras indígenas.
A demarcação só poderá ser questionada por áreas que já eram ocupadas pelos povos indígenas antes da promulgação da Constituição de 1988.
*Fonte: Correio do Estado – Gabrielle Tavares