ANÁLISE AGROLINK Em quanto fica o milho neste 2º semestre?

Os preços do milho para este segundo semestre de 2021 permanecerão entre R$ 93,00 e R$ 98,00/saca nos mercados de lotes, ou algo ao redor de R$ 88/89,00 para o produtor. A estimativa é da Consultoria TF Agroeconômica, que acompanha diariamente a tendência de preços em todo o Brasil e exterior e projeta os cenários prováveis.

De acordo com os analistas de mercado, o milho vai seguir “sem subir muito, nem cair muito porque se, de um lado, a safra realmente quebrou significativamente, por outro está entrando milho importado em grandes quantidades e a preços ao redor de R$ 93,00 ou até menos, conforme as altas ou baixas do dólar”.

Os preços do milho argentino são os mais baixos do mercado internacional, destaca a Consultoria. O fator de influência é o dólar relativamente baixo: fechou na sexta-feira (27 de Agosto) a R$ 5,19, por exemplo, contra R$ 5,60 há seis meses, em fevereiro último. De acordo com a TF Agroeconômica, isso resulta em preços do milho argentino em Lajeado-RS estimados em R$
92,00/saca, a R$ 94,00 em Chapecó e a R$ 92,00/saca em Ponta Grossa, bem mais baixos do que as atuais pedidas de R$ 98,00 pelo milho gaúcho, R$ 105,00 pelo milho catarinense e R$ 98,00 pelo milho paranaense.

“De qualquer maneira, preços de R$ 88,00/saca ao agricultor brasileiro ainda contém um lucro embutido, depois de pagas todas as despesas, ao redor de 47,57%, considerando-se um custo total, calculado pelo Deral-PR, de R$ 59,63/saca para um rendimento de 80 sacas/ha e um preço de venda de R$ 88,00/saca. Esta conta, porém, tem que ser confrontada com o número de sacas efetivamente colhidas por agricultor. No PR esperava-se algo como 320 sacas e foram colhidas 100/ha”, concluem os especialistas.