Os custos de produção da soja e do milho registraram um crescimento na ordem de 50% nos últimos 12 meses, de acordo com informações divulgadas pela Federação das Cooperativas Agrícolas do Estado do Rio Grande do Sul Ltda (FecoAgro/RS). Esse levantamento considera como base os preços dos insumos, máquinas e implementos, entre outros, em 1ª de agosto de 2021.
No caso do milho, a entidade afirma que o produtor terá uma elevação de 52,01% em relação à safra passada. “Com isso o custo operacional ficou em R$ 5.456,49 por hectare, aumento de R$ 1.884,04 por hectare. Enquanto o custo total de produção é de R$ 7.653,15 por hectare, valor superior em R$ 2.618,57 por hectare. Apesar da inflação dos custos, a relação de troca, neste mês de agosto de 2021, está mais favorável em relação às últimas quatro safras, desde a temporada 2016/2017”, informa, por meio de sua assessoria de imprensa.
Em relação a soja, os produtores terão uma elevação de custo total de produção de 48,45% e no desembolso aumento de 53,46%. “Com isso vai precisar colher 24,06 sacas de soja por hectare para cobrir os gastos operacionais da oleaginosa, 17,56% a mais para pagar a conta. Com relação ao custo total, vai precisar produzir 35,58 sacas por hectare para equilibrar os gastos, um aumento de 13,72% na relação de troca em relação à safra passada”, completa.
Para o presidente da entidade, Paulo Pires, apesar da inflação dos custos para safra, o momento é favorável ao setor diante da manutenção dos preços aquecidos no mercado. “A maioria dos produtores estão se planejando e adquiriram os insumos antecipados no início de 2021 e final de 2020 onde a relação de troca era mais favorável, portanto, terão um custo menor. Mas preocupa aqueles que deixaram ou não puderam comprar antecipadamente por vários fatores e arcarão com custos maiores”, conclui ele.
Por: Agrolink –Leonardo Gottems