Pecuarista é condenado a pagar R$ 110 mil à garota que trancava para estuprar

Um pecuarista de 65 anos foi condenado a 17 anos, 4 meses e 15 dias de prisão por manter adolescente, hoje com 16 anos, em “cárcere” por um ano para estuprá-la. O homem também terá de pagar R$ 110 mil em danos morais para a vítima.

Narra a denúncia que os crimes aconteceram entre setembro de 2019 e abril de 2021, em Aparecida do Taboado – cidade a 481 km de Campo Grande. Primeiro, o pecuarista atraiu a garota para “programas sexuais”.

“Apurou-se que de início, aproveitando-se da situação de vulnerabilidade (adolescente, econômica e social), o denunciado atraiu a vítima a comparecer a sua casa, por inúmeras vezes, com o pretexto de entregar ajuda financeira, a ela e a sua família (alimentos e dinheiro). Conforme obtinha a sua confiança, o denunciado solicitava favores sexuais à adolescente (beijos), induzindo-a, posteriormente, a manter com ele relação sexual com a promessa de ajuda-la a pagar uma faculdade, entregando-lhe dinheiro e ajudando financeiramente a sua família (exploração sexual)”, descreve a acusação no processo.

No início do ano passado, o fazendeiro “convidou” a adolescente para morar com ele. Foi quando ele começou a trancá-la na residência, ameaçava matar alguém de sua família caso ela denunciasse o que acontecia, controlava seus contatos sociais, roupas que usava, vigiava o uso do celular e lhe pagava por sexo.

Algumas vezes, ainda conforme a denúncia, o pecuarista deu bebidas alcoólicas para a adolescente, para evitar que ela resistisse. Por isso, foi acusado de estupro de vulnerável. Os pais da menina sabiam e consentiam.

Pelos crimes de exploração sexual e estupro de vulnerável, o fazendeiro foi condenado, no dia 17 de agosto, à pena de prisão, conforme publicado no Diário Oficial da Justiça nesta semana. Ele não terá o direito de recorrer em liberdade.

Os nomes do sentenciado e vítima não serão revelados devido ao sigilo do processo e direito da jovem de não tem a identidade exposta.

Os pais dela ainda respondem a processo por exploração sexual, pois, de acordo com o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), também obtiveram vantagens financeiras ao permitir que a filha fosse estuprada pelo pecuarista.

 

Por Anahi Zurutuza, Campo Grande News